NASA: Admite que Não Consegue Enviar Seres Humanos ao Espaço Através da Radiação do Cinturão de Van Allen?
A folclorista Linda Degh sugere que o filme do autor e diretor Peter Hyams, Capricorn One, que apresenta uma falsa missão a Marte em uma espaçonave que se parece com as Apolo, pode ter dado um reforço à popularidade da teoria da fraude, nos anos pós-guerra do Vietname e pós-escândalo de Watergate, quando segmentos do público americano estavam inclinados a duvidar das declarações oficiais. Degh escreve: "A mídia de massa catapultou estas meias-verdades em um tipo de zona irreal onde as pessoas podem fazer suas suposições parecerem verdades. A mídia de massa teve um terrível impacto em pessoas que não tinham orientação".
Também é possível que uma curta sequência do filme de James Bond, Diamonds Are Forever (1971) que parece mostrar Sean Connery caminhando através de um estúdio onde se simulam as alunagens coincida com as primeiras insinuações de que as alunagens foram falsificadas. Em 1967, o dramaturgo britânico Desmond Lowden escreveu um guia chamado The News-Benders em qual todos os principais avanços tecnológicos de 1945 eram simulados, o guia foi apresentado em Janeiro de 1968 e mostrava a falsificação de uma alunagem com modelos. A Sociedade da Terra Plana lançou uma das primeiras queixas sobre a veracidade das missões Apollo. Afirmavam que várias das fotografias da Apollo 8 com a Lua em primeiro plano e a Terra como fundo eram falsas. A primeira razão de sua declaração era que não se ajustava a sua teoria de que a Terra era plana.
Em seu livro A Man on the Moon (Um homem na Lua em tradução livre), publicado em 1994, Andrew Chaikin menciona que ao mesmo tempo em que a missão Apollo 8 orbitava a Lua, em dezembro de 1968, ideias conspiratórias parecidas já estavam em circulação.
Opinião pública
Uma pesquisa Gallup de 1999 descobriu que 6% do público americano duvidava que os pousos lunares tivessem acontecido, e 5% não tinham opinião formada.Estes números são semelhantes aos de uma pesquisa Time/CNN de 1995.8 Executivos da Fox television declararam que o ceticismo aumentou cerca de 20% depois da apresentação de 15 de fevereiro de 2001, Conspiracy Theory: Did We Land on the Moon? (Teoria da Conspiração: Nós pousamos na Lua?), visto por aproximadamente 15 milhões de telespectadores. O especial da Fox estava promovendo as alegações de fraude.Uma pesquisa conduzida pela agência russa Fundo de Opinião Pública descobriu que 28% não acreditava que os astronautas americanos tivessem pousado na Lua e esta percentagem era a mesma em todos grupos sociais e demográficos.Uma pesquisa feita pelo sueco Aftonbladet indicou que cerca de 40% dos leitores achavam que o primeiro pouso na Lua foi uma fraude.Em 2009, uma pesquisa conduzida pela revista britânica Engineering & Technology descobriu que 25% dos britânicos não acreditam que o homem pisou na Lua.
Existem subculturas nos Estados Unidos e culturas significantes no mundo que acreditam piamente que os pousos lunares foram falsos. Alguns alegam que isto é ensinado em escolas cubanas e onde quer que professores cubanos sejam enviados.
Principais proponentes
Bill Kaysing - Graduado em Inglês, chefe de publicações da Rocketdyne, de onde saiu antes da empresa trabalhar no projeto Apollo.
David Percy - Auto-proclamado especialista em fotografia e audiovisuais.
Ralph Rene - Inventor autodidata e editor.
Bart Sibrel - Jornalista e diretor de cinematografia.
Richard Hoagland - Ufólogo e teórico da conspiração.
Defensores das alunissagens
A comunidade científica em geral dá respaldo à veracidade das alunagens, e em concreto vários cientistas têm respondido com maior detalhe às acusações de fraude:
Phil Plait - Astrofísico e divulgador científico.
James Oberg - Engenheiro, especialista em história espacial, sobre tudo do programa espacial russo, e escritor.
Alegações predominantes de fraude
Um número de diferentes alegações de fraude tem avançado que envolvem teorias conspiratórias envolvendo ações coordenadas por empregados da NASA, e algumas vezes outros, para perpetuar as informações falsas sobre pousos que nunca aconteceram ou para ocultar informações corretas sobre pousos que aconteceram de uma forma diferente da publicada. Em vez de propor uma narrativa completa de como a fraude foi perpetrada, os adeptos focaram apenas em supostas falhas ou inconsistências no registro histórico das missões. Várias destas ideias e seus proponentes mais facilmente identificáveis estão descritos abaixo:
Fraude completa — A ideia de que todo o programa de pousos tripulados foi completamente falsificada do início ao fim.
Alguns alegam que a tecnologia para enviar homens à Lua era insuficiente ou que o "Cinturão de Van Allen", erupções solares, vento solar, ejeções de massa coronal, e raios cósmicos tornariam uma viagem destas impossível. Imagem Crédito NASA
Fraude parcial / pousos não-tripulados — Bart Sibrel declarou que a tripulação da Apollo 11 e os astronautas das missões seguintes falsificaram suas órbitas em torno da Lua e seus passeios em sua superfície via fotos trucadas, e que eles não foram além de metade do caminho à Lua. Um subconjunto desta proposta é advogada por alguns que concedem a existência de retrorrefletores e outros objetos artificiais na Lua. O editor britânico Marcus Allen representou este argumento quando afirmou "Eu seria o primeiro a aceitar que imagens de telescópio dos locais de pouso seriam uma prova forte de que algo foi colocado na lua pelo homem." Ele prossegue dizendo que as fotos dos aterrissadores não seriam provas de que a América colocou homens na Lua. "Chegar na Lua não é um grande problema - os Russos fizeram isto em 1959, o grande problema é levar pessoas para lá." Ele sugere que a NASA enviou missões robóticas por que os níveis de radiação no espaço seriam letais aos seres humanos. Outra variação desta ideia é a de que a NASA e as empresas contratadas não se recuperaram rápido o suficiente do fogo na Apollo 1, e assim todas as primeiras missões Apollo foram falsificada, com a Apollo 14 ou 15 sendo a primeira missão autêntica.
Pousos tripulados, com disfarces — Philippe Lheureux, em Lumières sur la Lune (Luzes na Lua), diz que os astronautas pousaram na Lua, mas que, para evitar que outras nações se beneficiassem das informações científicas das fotos reais, a NASA publicou imagens falsas.
Motivos
Proponentes da ideia de que os pousos na Lua foram falsificados dão várias teorias diferentes sobre a motivação para o governo dos Estados Unidos falsificar os mesmos. Prestígio na Guerra Fria, ganho monetário, e fornecer uma distração são alguns dos motivos mais notáveis oferecidos.
O governo americano considerou vital que os Estados Unidos vencessem a Corrida Espacial contra a União Soviética. Ir para a Lua seria arriscado e caro, como exemplificado por John F. Kennedy declarando que os EUA escolheram ir para a Lua por que era difícil.
Bill Kaysing mantinha que, apesar de monitorados pela União Soviética, seria mais fácil para os EUA falsificar o pouso na Lua, desta forma garantindo o sucesso, do que realmente ir para lá. Kaysing alegou que a chance de sucesso de um pouso na Lua foi calculada como sendo de 0,017%.A NASA obteve aproximadamente US$30 bilhões para ir para a Lua, e Kaysing alegou que este dinheiro poderia ter sido usado para comprar muitas pessoas, dando motivação significante para cumplicidade.A necessidade de cumprir a promessa de Kennedy também é usada. Como a maior parte dos proponentes acredita que os problemas técnicos envolvidos em chegar à Lua são intransponíveis, os pousos na Lua teriam que ser falsificados para cumprir a promessa do Presidente Kennedy em 1961 de "atingir o objetivo, antes do fim desta década, de pousar um homem na Lua e trazê-lo à Terra em segurança."
Os proponentes da teoria da fraude também alegam que o governo dos Estados Unidos se benificiariam de uma distração popular da Guerra do Vietnam; e assim as atividades lunares terminaram subitamente, com missões planejadas sendo canceladas, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos terminaram seu evolvimento na Guerra do Vietnam. A maioria das tropas americanas foram removidas do Vietnam e em 5 de março de 1971, e o pessoal americano foi evacuado de Saigon em 29 de abril de 1975.
Críticas das acusações de fraude
Veja também: Evidências independentes das missões lunares
Um artigo na revista alemã Der Spiegel coloca a fraude da Lua no contexto de outras teorias conspiratórias do século XX, que ela descreve como "a atmosfera rarefeita em que mitos nos quais Elvis Presley está vivo, John F. Kennedy foi vítima de uma conspiração envolvendo a Máfia e o serviço secreto, os pousos lunares foram filmados no deserto de Nevada, e a princesa Diana foi morta pela inteligência britânica.24
O princípio da parcimônia
A seguinte aplicação do princípio da parcimônia, ou Navalha de Occam, pode ser feita às acusações de fraude. Considerando a alegação de que o homem foi à Lua, ficamos com duas hipóteses concorrentes:
Hipótese de que o pouso foi real
O registro da Nasa do pouso lunar é exato, o que permite que aconteçam erros como fotos com a etiqueta trocada e lembranças pessoais imprecisas.
Hipótese da Fraude
O registro da Nasa é uma fraude bem orquestrada.
Neste tipo de teste, qualquer hipótese que é contradita pelos fatos observáveis deve ser rejeitada.A falta de uma consistência entre as diversas teorias de fraude acontece por que ela varia de pessoa para pessoa. A hipótese do pouso real é uma história singular, já que tem uma única fonte, mas existem muitas hipóteses de fraude, cada uma dirigida a um aspecto específico do pouso lunar. Também não há consistências nos proponentes de fraude, alguns admitindo coisas que os outros alegam não ter ocorrido.
Praticalidade da conspiração
De acordo com James Longuski, professor de Engenharia Aeronáutica e Astronáutica na Universidade Purdue, o tamanho e complexidade dos alegados cenários de teorias conspiratórias tornam a sua veracidade uma impossibilidade.Mais de 400.000 pessoas trabalharam no projeto do pouso na Lua por aproximadamente dez anos, e uma dúzia de homens que caminharam sobre a Lua retornaram à Terra para recontar suas experiências.Centenas de milhares de pessoas, incluindo astronautas, cientistas, engenheiros, técnicos e trabalhadores especializados, teriam que guardar o segredo.Longuski também afirma que seria muito mais fácil pousar de verdade na Lua do que gerar uma conspiração tão imensa para falsificar o pouso.
Fonte:http://pt.wikipedia.org