Transplante de cabeça entre seres humanos já é possível, afirma neurocirurgião
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O neurocirurgião italiano Dr. Sergio Canavero, membro do Turin Advanced Neuromodulation Group, acredita que a tecnologia na área médica avançou de tal forma que já é possível realizar-se um transplante de cabeça entre seres humanos, com o mesmo procedimento cirúrgico que vem sendo testado em animais desde os anos 1970. As informações são do Telegraph.
Na década de 1970, o Dr. Robert White realizou com sucesso o transplante da cabeça de um macaco rhesus para o corpo de um segundo macaco e a proposta de Canavero é utilizar um método similar empregado na experiência com os animais. "O maior obstáculo para este esforço é naturalmente o restabelecimento da espinha dorsal do doador e do receptor. Na minha opinião, a tecnologia se desenvolveu ao ponto de permitir a realização dessa conexão", explica o neurocirurgião.
Canavero acredita que sua equipe, composta por 100 profissionais, é capaz de realizar um transplante de cabeça em 36 horas, com as duas cabeças tendo que ser removidas ao mesmo tempo. O custo estimado para uma cirurgia delicada e inédita como esta é de 8,5 milhões de libras (R$ 29,3 milhões).
A afirmação soa como filme de ficção científica, mas não é. Ela foi proferida em pleno 2013 pelo Dr. Sergio Canavero, neurocientista membro do Turin Advanced Neuromodulation Group, na Itália.
O cientista acredita que é possível implantar uma cabeça em um corpo, conectando-a ao cordão espinhal. Até hoje, o mais perto disso que a ciência chegou foi em meados de 1970, quando o Dr Robert White transplantou a cabeça de um macaco em outro.
O artigo, publicado na revista Surgical Neurology International, defende que o procedimento pode ser útil, por exemplo, no caso de uma pessoa cujo cérebro está em perfeitas condições, mas com músculos em degeneração, necessitando, portanto, de um novo corpo.
Canavero acredita que sua equipe de 100 cientistas seria capaz de repetir o procedimento com seres humanos nos próximos dois anos -- de preferência em voluntários jovens. A operação custaria cerca de R$ 28,6 milhões.
O procedimento exige que as duas cabeças sejam “cortadas” simultaneamente, utilizando uma lâmina ultra afiada. Para tal, as cabeças devem ser refrescadas constantemente até serem colocadas no novo corpo com uma super “cola” de polímeros.
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O problema que os neurologistas enfrentaram no passado foi a impossibilidade de ligar a medula espinhal da cabeça (chamada eufemisticamente "doadora" no procedimento) à medula espinhal do corpo receptor. Em experimentos com símios, a conexão foi possível, mas deixou paralisado o corpo receptor por baixo do corte na cabeça. No entanto, Canavero afirma que ligar mecanicamente ambas medulas espinhais poderia solucionar este problema.
O transplante de cabeça em animais funcionou parcialmente desde 1970.
Apesar de que a estimulação do sistema imunológico do corpo pode ser uma ferramenta vital para curar a ferida e promover que o corpo receba sua nova cabeça, há mais de um impedimento em realizar esta operação em seres humanos, e inclusive em animais. A bioética do procedimento tomaria congressos inteiros para discutir os envolvimentos na identidade e a aparente unicidade do corpo humano, algo que os transplantes de órgãos durante o século passado ajudaram a questionar.
No entanto, se for bem sucedido, este tratamento permitiria que, por exemplo, a cabeça de um paraplégico pudesse ser transplantada a um corpo saudável, de forma que a consciência do doador poderia experimentar a motricidade após muito tempo -ou de toda uma vida- imóvel. O problema aqui torna-se mais grave, porque simplesmente não sabemos se a consciência se encontra completamente contida na cabeça ou se a consciência é, de fato, imanente à unicidade do corpo.
Isto é, se nossas lembranças e experiência da realidade estão ligadas à experiência subjetiva do próprio corpo durante a vida, que acontecerá quando a consciência experimente o mundo em outro corpo? Serão a mesma consciência, o mesmo mundo? O doutor Richard Norris provavelmente enfrentou um dilema ético similar quando realizou o primeiro transplante de rosto bem sucedido no ano passado.
Uma desvantagem a mais que Canavero expõe em seu trabalho é o preço da operação, que pode chegar aos $13 milhões de dólares.
Cientista diz ser possível fazer transplante de cabeça
Se depender de Sergio Canavero, neurocientista da Universidade de Turin, a história de Frankenstein pode deixar de ser só coisa de cinema. Num artigo recente, o italiano descreveu como seria possível transplantar a cabeça de um homem para o corpo de outro. É que, segundo Canavro, só agora a tecnologia consegue deixar duas medulas espinhais em condições de serem encaixadas uma na outra.
A inspiração do italiano vem da década de 70. Naquela época, o neurocientista americano Robert White inventou de transplantar a cabeça de um macaco no corpo de outro macaco. Por um dia e meio a façanha deu certo – apesar de ter deixado o animal sem nenhum movimento da cabeça para baixo. Depois disso, o macaco não resistiu e morreu. (que maldade com o bichinho, não?)
Canavero sugere uma cirurgia semelhante – mas sem a parte de morrer no dia seguinte. A ideia dele é que os dois pacientes estejam na mesma sala de operação, já que as duas cabeças precisam ser retiradas ao mesmo tempo. Aí, os cirurgiões teriam de deixar a cabeça a ser transplantada numa temperatura entre 12 e 15 graus. Eles teriam, no máximo, uma hora para recolocar a cabeça transplantada no novo corpo – é o tempo necessário para preservar o sistema circulatório. Durante esse processo de reconexão, o corpo doador ainda precisaria ser refrigerado e induzido a uma parada cardíaca. Tranquilo.
A parte mais difícil vem depois, na hora de juntar as duas medulas espinhais. Canavero propõem que as espinhas sejam retiradas com uma faca ultra precisa e reconectadas mecanicamente. “É esse ‘corte limpo’ a chave para a fusão da medula espinhal, pois isso permite que os axônios cortados se liguem aos seus homólogos. Na minha opinião, só agora existe tecnologia para fazer essa ligação”, diz. Ele sugere também que a junção pode ser complementada com alguma ‘cola’ de polímero inorgânico, tipo silicone.
Pra quê isso tudo? Bem, o pesquisador acredita que o transplante pode ajudar pessoas tetraplégicas. Elas não voltariam a andar, mas poderiam recuperar a capacidade de controle de algumas atividades básicas, como urinar.
E aí, o que você achou da notícia? Não seria bizarro ver o corpo de um amigo falecido passeando por aí com a cabeça de outra pessoa?
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