Em conversa, membros da cúpula do Exército norte-americano se parabenizam por ação
Um hacker norte-americano apresentou nesta quarta-feira (04/09) supostos e-mails interceptados da Inteligência dos EUA. O conteúdo das mensagens sugere que o ataque com armas químicas na Síria foi forjado. Mais do que isso, diz o pirata cibernético, foi o próprio Pentágono que organizou uma suposta farsa. “Bom trabalho”, teria dito um coronel ao outro após ver o “sucesso da operação” no noticiário internacional. (Veja o e-mail abaixo)“Eu consegui acesso ao e-mail do coronel Anthony Jamie Mac Donald e interceptei uma conversa entre ele e seu colega de Exército, Eugene Furst. Este parabeniza o coronel e mostra o link de uma reportagem do Washington Post sobre o ataque químico realizado na Síria. Ele usou a expressão ‘bem organizado’ (traduçao livre para “well staged”) na hora de parabenizar Jamie MacDonald. Eu não conseguia acreditar no que estava lendo”, narra o hacker no portal Pastebin.
Os correios eletrônicos foram enviados em 22 de agosto, um dia após ao suposto ataque químico na Síria. Washington acusa o governo sírio de ter assassinado 1.429 pessoas – incluindo 426 crianças. Segundo o secretário de Estado, John Kerry, há provas “claras e convincentes” de que a ação foi realizada pelo presidente Bashar al Assad. No entanto, até o momento, não há qualquer confirmação oficial da ONU (Organização das Nações Unidas) ou provas concretas de um ataque químico.
O hacker norte-americano também apresentou outras mensagens eletrônicas entre o coronel Mac Donald e uma amiga, que mostra preocupação com a morte das crianças sírias. “Não se preocupe, as crianças não ficaram feridas. Aquilo foi feito apenas para as câmeras”, respondeu o membro das Forças Armadas. A Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos aprovou na quarta-feira (04) uma resolução que autoriza um ataque militar à Síria. A decisão proíbe que as tropas norte-americanas avancem em território sírio e limita a duração da ação a 60 dias, segundo informações divulgadas no site do Senado. Com 10 votos a favor, 7 contra, e 1 abstenção, a comissão aprovou uma proposta bipartidária, o que representa uma importante vitória política para o presidente Barack Obama. A sessão plenária do Senado deve votar o documento na próxima semana. Depois ele deverá ser discutido e votado na Câmara dos Deputados. Esta foi a primeira votação a favor do uso da força militar desde outubro de 2002, quando o Congresso aprovou a invasão do Iraque e a quarta vez desde a Guerra do Vietnã. Obama pediu autorização ao Congresso para fazer um ataque militar à Síria devido à suspeita de que o presidente Bashar Al Assad utilizou armas químicas contra civis.
O conflito na Síria já fez, desde março de 2011, mais de 100 mil mortos e levou o país a ser suspenso da Liga Árabe.
A notícia de que teria partido dos EUA a iniciativa de usar armas químicas na Síria não espanta muito as pessoas que estão ligadas já a um tempo nas crises internacionais protagonizadas pelos EUA.
O próprio “jogador de merda no ventilador” Wikileaks revelou há algum tempo os planos dos EUA.
Os documentos vazados pelo site, mostram o quão nojentos os articuladores dos EUA são. A ideia de uma ação militar contra o governo do presidente Bashar Al Assad já tinha sido planejada durante o mandato de George W. Bush, ainda em 2006.
Não precisamos nem ao menos recorrer ao Wikileaks para isso. Basta dar uma olhada no que disse UM GENERAL AMERICANO anos antes. É de arrepiar! (o video vem sendo apagado e reenviado sistematicamente para a internet)
Segundo Wesley Clarck, general da Reserva, os EUA tem planos de criar uma desestabilização completa no Oriente Médio. São sete países em apenas cinco anos. Note que não sou eu quem está dizendo, quem diz isso é o GENERAL AMERICANO 4 ESTRELAS, que frequenta as salas escuras do Pentágono!
A questão que fica agora é “por que os EUA desejam tanto invadir a Síria” ao ponto de criar um ataque químico localizado, matando crianças e exibindo suas mortes horríveis ao mundo? Há quem suspeite que o objetivo Síria seja somente a porta de acesso para algo maior, que é esmagar o Irã.
Há também quem suspeite que os EUA e alguns países da Europa planejam se apoderar do gasoduto da Síria.
A razão disso, parece bem lógica e está tão na cara que chega a parecer invisível (pelo menos para a grande mídia):
“No verão de 2011, apenas algumas semanas após a guerra civil eclodir na Síria, o Tehran Times publicou um relatório intitulado: Irã, Iraque e Síria entram no maior projeto de Gás Canalizado .
O relatório forneceu detalhes sobre como o Irã planeja exportar suas vastas reservas de gás natural para a Europa através de um gasoduto que atravessou Iraque e Síria. Esse gasoduto Irã-Iraque – Síria seria o maior gasoduto no Oriente Médio e que vão desde o campo rico em gás de Pars, no Sul do Irã na costa mediterrânica , no Líbano , via Iraque e Síria.”
O acordo prevê a construção de um gasoduto submarino sob o Mar Mediterrâneo que se estende desde o Líbano até a Grécia para entregar o gás iraniano à Europa e seus países, ávidos por energia.
A tubulação de 6.000 km , que tem um preço estimado em US $ 10 bilhões, e terá uma capacidade prevista de 100-120,000,000 pés cúbicos de gás por dia, com uma data de conclusão projetada em algum momento perto de 2018.
O projeto efetivo da construção deste gasoduto proposto não começou e a questão de quem vai financiar o projeto não foi abordado. No entanto, em julho de 2013 , os líderes da Síria , Irã e Iraque se reuniram para assinar um acordo preliminar sobre o gasoduto com a esperança de finalizar o negócio até o final do ano.
Tal como o seu vizinho turco , a localização geográfica da Síria no Mar Mediterrâneo faz com que seja um centro de exportação óbvia para os produtores de petróleo encravados dentro do grande Oriente Médio que procuram exportar suas reservas de petróleo e gás para os mercados europeus.
Por esta razão , a localização estratégica da Síria, e seu porto de águas quentes do Mediterrâneo, tenha a tornado o centro de um grande esforço de diversas nações, orientais e ocidentais focados em seus interesses no fornecimento de gás barato do Oriente para a Europa e além. Podemos também notar o detalhe peculiar dos tais “interesses” da Russia nessa jogada, porque a Russia detêm hoje um dos maiores complexos de gasodutos do mundo, fornecendo para a Europa. Não estamos falando em pouca grana!
O tal do Gas-óleoduto Sírio- árabe já faz parte de um gasoduto ocidental ordenado que vai do Egito para Homs. Esse gasoduto , conhecido como “o Gasoduto Árabe” , foi originalmente planejado para continuar viajando ao norte de Homs seguindo para a Turquia . De lá , ela pode ser canalizada para a Europa.
Os principais players deste gasoduto aprovado pelos países ocidentais incluem a Arábia Saudita e Qatar, entre outros países do Golfo.
O presidente sírio Assad, desde então, rejeitou o Gasoduto Árabe e , em vez disso começou a trabalhar em estreita colaboração com o Irã sobre a proposta de gasoduto do Irã, apelidado de Gasoduto islâmico. Esse gasoduto proposto vai, obviamente, competir diretamente com o Gasoduto Árabe e seu objetivo de entregar gás natural do Oriente Médio para a Europa.
Some a isso um momento em que os barões do petróleo mundial se reuniram para debater o futuro e suas preocupações com a gradual escalada do gás, sobretudo o gás de xisto em detrimento ao petróleo.
A maioria dos árabes vê o Gasoduto islâmico como um gasoduto xiita servindo os interesses dos xiitas. Afinal, ela se origina no Irã xiita , passa por áreas xiitas do Iraque, e deságua na Síria controlada por xiitas.
Portanto , os países dominados pelos sunitas do Golfo têm tanto a nível econômico e, em menor medida, o interesse de cunho religioso, para impedir o gasoduto islâmico de se tornar uma realidade.
Então, já começamos aí a entender a merda que acontece lá na Síria. Não é uma simples questão religiosa, como o Jornal Nacional gosta de fazer parecer. É uma conjuntura complexa e sistêmica de interesses perversos.
Trata-se de mais que isso. Claro que há um componente religioso que está arraigado profundamente no Oriente médio como um todo, mas para além disso, estão os tais grupos separatistas que querem a queda do regime de Assad, e são financiados e alimentados com armamentos russos. Os russos vendem gás. Os russos fabricam armas. Os russos não querem concorrentes. Logo, os russos financiam o quebra-pau.
Mas se fosse só isso, eles estariam com o Obama, né? Pois é. Ocorre que quem colabora para que o Obama jogue suas bombas milionárias na Síria é o Qatar. Para os russos, se os EUA e o Qatar implantam um controle sunita ali, pode ser interessante explorar o gasoduto! E aí, isso mexe direto com os interesses russos.
Embora o objetivo final dessa galera seja de derrubar o regime de Assad , estas esperanças parecem estar diminuindo, porque Assad continua forte e desafiador em face da recente oposição. Claro, ele não é santo e todo mundo sabe disso. O pai dele foi um dos maiores genocidas do planeta. O cara não ia deixar por menos.
Apesar de ser um ditador de carteirinha, Bashar Al -Assad é contestado por muitos países poderosos no Oriente Médio , incluindo Israel , Jordânia, Turquia , Qatar e Arábia Saudita. Pra piorar, a Al Qaeda também se opõe fortemente ao governo Assad e juntou outras facções rebeldes em um esforço para derrubar Assad e instalar uma “casa da Mãe Joana” naquela área, com milicias, tropas de tudo que é lado, mais o que é importante, amigáveis aos esquemas sunitas.
É nesse contexto complicado que entra o tal do false flag americano.
Eles são especialistas nisso! Podemos ficar um bom tempo aqui lembrando de clássicos false flags americanos.
Segundoa Wikipedia:
Operação de bandeira falsa (False flag em Inglês) são operações conduzidas por governos, corporações ou outras organizações que aparentam ser realizadas pelo inimigo de modo a tirar partido das consequências resultantes. O nome é retirado do conceito militar de utilizar bandeiras do inimigo. Operações de bandeira falsa foram já realizadas tanto em tempos de guerra como em tempo de paz.Vemos ver uns exemplos de conspiração visando a Guerra?
Operação Nortwoods
“O resultado esperado da execução desse plano seria o de colocar os Estados Unidos na aparente posição de estar sofrendo ataques do irresponsável governo cubano e de desenvolver a imagem internacional de uma ameaça cubana à paz no Ocidente”. Essa é uma das passagens mais contundentes do documento que propunha a execução da chamada Operação Northwoods. Como já deu pra ter uma noção só com essa frase, a ideia era chamar a opinião pública mundial para apoiar os EUA em uma futura invasão à Cuba. Eles precisavam de motivos pra isso e estavam dispostos a fabricarem esses motivos.
Várias cidades da Florida (incluindo Miami) e até a capital Washington seriam bombardeadas, pessoas seriam sequestradas, bases militares seriam explodidas. A rigor, Cuba teria começado a guerra e os EUA iriam apenas se defender – um tipo de raciocínio que, há quem sustente, está por trás do 11 de setembro. O presidente John F. Kennedy acabou descartando o plano, mas só de haver um documento oficial da CIA – revelado em 1997 – propondo uma coisa desse tipo, já é mais que suficiente para entrar nessa lista. Clique aqui para ver o documento na íntegra
O testemunho de Nayirah
Imagina só os caras pagando uma ATRIZ para se passar de vítima pedindo uma intervenção militar no conflito Iraque/Kwait? Pois foi isso mesmo que os EUA plantaram! Em 1990, Iraque e Kuwait estavam em guerra. Os EUA apenas assistia os conflitos, sem intervir – não havia uma justificativa para isso até o momento. Mas uma menina de 15 anos mudou o rumo do conflito. Identificada apenas como Nayirah, ela deu um depoimento em um congresso sobre direitos humanos no ápice da guerra. Aos prantos, ela relatou coisas tão terríveis como soldados iraquianos invadindo hospitais no Kuwait e arrancando bebês pra fora das incubadoras só para assistir eles morrendo. O tipo de coisa que te deixa com vontade de entrar em uma guerra.Mas a tal da Nayirah não era uma adolescente traumatizada. Ela era filha do embaixador kuwaitiano dos EUA e fazia parte da família real do país. Ela passou por um curso intensivo de atuação, de modo a comover a mídia internacional. Na época, a imprensa não tinha acesso ao Kuwait e aquele depoimento meio que ficou como a versão oficial dos fatos. Saldo final: os EUA entraram na guerra. A menina deu um show com seu testemunho fake. Olha só:
fonte
A narrativa oficial ocidental contra a Síria é algo como isto :
Segundo o Secretário de Estado dos EUA , John Kerry, a evidência de um ataque com armas químicas na Síria é “inegável”.
Depois de fornecer à Casa Branca “todas as opções para contingências”, o Secretário de Defesa Chuck Hagel afirmou que as forças dos EUA estão “prontas” para lançar um ataque contra a Síria .
A ideia das crianças morrendo (veja meu post sobre isso) fez convenientemente parecer que se tratava de uma única saída extrema, quando a verdade é que os EUA há muito tempo planejavam tomar a Síria.
Pra piorar tudo, deixar a sacanagem mais à vista, evidências contundentes da intenção da America do Norte em lançar um ataque “preventivo” contra a Síria foi revelado em um relatório explosivo lançado pelo britânico Daily Mail em janeiro de 2013.
E-mails que vazaram provam que a Casa Branca deu luz verde a um ataque com armas químicas na Síria que poderia ser atribuída a regime de Assad e por sua vez, estimular a ação militar internacional no país devastado. Um relatório divulgado na segunda-feira contém uma troca de emails entre dois altos funcionários da Defesa, onde um esquema já “aprovado por Washington” é descrito explicando que o Qatar vai financiar as forças rebeldes na Síria de usar armas químicas.
Abaixo está um trecho do relatório, que foi intitulado curiosamente de“Plano dos EUA de backup para lançar ataque de armas químicas sobre a Síria e culpar o regime de Assad “ :
Aqui está o texto do e-mail , de acordo com o relatório :
Phil … Temos uma nova oferta. É sobre a Síria novamente. Qatar propõe um negócio atraente e jura que a ideia é aprovada por Washington.Abaixo está um screenshot do e-mail.
Nós vamos ter que entregar um CW para Homs, de origem soviética g-shell da Líbia, semelhantes aos que Assad deveria ter. “Eles querem que a gente implante o nosso pessoal de ucranianos que devem falar russo e fazer um registro de vídeo.
Francamente , eu não acho que é uma boa ideia, mas as quantias propostas são enormes.
A sua opinião?
Kind regards, David.
(Curiosamente, o Daily Mail tirou essa história de seu site apenas algumas semanas atrás, talvez na expectativa de a recente ação de armas químicas. Entretanto, os burros esquecem que é possível localizar screens de sites já fora do ar através do uso do site archive.org)
A França e Grã-Bretanha estão repreendendo o governo sírio por supostamente lançar o ataque de armas químicas contra seu próprio povo. Mas, até agora, nenhuma evidência surgiu ligando o regime de Assad a um ataque de armas químicas. Não sei dizer se eles são inocentes ou estão mancomunados, fazendo seu papel “no jogo”.
Enquanto isso, Síria e a Russia culparam os rebeldes sírios de lançar o ataque, chamando operação de um false flag usado como um pretexto para a guerra. Além da Rússia que tem interesses comerciais em jogo, o Irã também opõe-se firmemente a intervenção na Síria. A razão é óbvia, o Irã não quer perder o gasoduto e muito menos “ter um governo pau mandado do Tio Sam” no seu quintal.
A Rússia sabe que o Irã , no momento, está isolado, sem capacidade atual para exportar seus vastos suprimentos de energia (as reservas de gás do Irã só perdem para as da Russia) para a Europa. A Rússia percebendo esta fragilidade tática do Irã está de olho nos lucros potenciais de trazer petróleo iraniano e gás para a Europa. Assim, para a Russia essa crise quase que virou um jogo de ganha-ganha, pois se os EUA bombardeiam tudo, eles podem aparecer como bonzinhos oferecendo um projeto de reconstrução no qual anexam o gasoduto do Irã ao sistema deles. E é por esta razão, (entre outras) que a Russia tem procurado consolidar as suas relações com o Irã. É claro, o caminho mais direto para mover suprimentos de energia do Irã para a Europa é a através do coração do Iraque e isso passa pela Síria. Assim, parece que a aliança da Rússia com a Síria tem menos a ver com a Síria e muito mais a ver com o gás iraniano.
No final, os conflitos no Oriente Médio são todos sobre controle do fluxo de recursos energéticos.
Quando apareceram os videos do primeiro ataque, e ele se deu quando os especialistas da ONU em armas químicas ESTAVAM LÁ justamente procurando isso, eu achei o caso suspeito, mas ainda mantive a mente aberta para o fato de Assad ser tão filho da puta, que sabendo que um ataque dessa natureza seria visto justamente como uma manobra de false flag, resolveu se aproveitar da improbabilidade da situação a seu favor, usando armas químicas contra alvos civis inocentes.
No fim das contas, o episódio nos mostra duas coisas: O mundo é de uma perversidade fora do controle. Se um belo dia descobrirmos ou detivermos algum tipo de recurso natural que por ventura desestabilize o “status quo” e a conjuntura do comércio mundial, seremos alvos também das garras da águia, e de seus possíveis false flags.