Silvio Santos está na lista dos 124 bilionários brasileiros |
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BRASIL: Apenas 124 pessoas concentram 12,3% do PIB brasileiro, revela pesquisa
As 124 pessoas mais ricas do Brasil acumulam um
patrimônio equivalente a R$ 544 bilhões, cerca de 12,3% do PIB, o que
ajuda a entender porque o país é considerado um dos mais desiguais do
mundo. Estas 124 pessoas integram a última lista de multimilionários
divulgada nesta segunda-feira pela revista 'Forbes', que inclui todos os
brasileiros cuja fortuna supera R$ 1 bilhão.
O investidor chefe do fundo 3G Capital, Jorge Paulo Lemann,
que acaba de adquirir a fabricante de ketchup Heinz e é um grande
acionista da cervejaria AB InBev e do Burger King, ficou com o primeiro
lugar. A fortuna de Lemann, de 74 anos, chega a R$ 38,24 bilhões,
enquanto o segundo da lista, Joseph Safra, empresário de origem libanesa
e dono do banco Safra, tem ativos de R$ 33,9 bilhões.
A maioria das fortunas corresponde a membros de famílias que
dominam as grandes empresas de setores como mídia, bancos, construção e
alimentação. No caso da mídia, os números mostram a concentração de
poder dos três irmãos Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto
Marinho, que detêm o controle da maior empresa de mídia da América
Latina e, juntos, formam um patrimônio de R$ 51,64 bilhões, tornando-a a
família mais rica do país. As Organizações Globo foram fundadas em 1925
por Irineu Marinho, avô dos atuais proprietários, mas somente se tornou
uma empresa multimilionária a partir da gestão do pai deles, Roberto
Marinho, construída durante a ditadura militar no país, ao longo de mais
de 20 anos.
Entre os 124 multimilionários brasileiros apenas o cofundador
de Facebook, Eduardo Saverin, constituiu seu patrimônio por meio da
internet.
O empresário Eike Batista, que chegou a ser o sétimo homem
mais rico do mundo e perdeu parte de sua fortuna pela vertiginosa queda
do valor das ações de sua companhia petrolífera OGX e do resto das
empresas de seu conglomerado EBX, ficou em 52º lugar na lista.
A
grande fortuna concentrada por estes milionários comprova a veracidade
dos indicadores oficiais que classificam o Brasil como um dos países com
maiores disparidades entre ricos e pobres.
O índice de Gini do país foi de 0,501 pontos em 2011, em uma
escala de zero a um, na qual os valores mais altos mostram uma
disparidade mais profunda entre ricos e pobres.
Cerca de 41,5% das rendas trabalhistas se concentram nas mãos
de 10% dos mais ricos, segundo dados do censo de 2010, enquanto metade
da população vivia, nesse ano, com uma renda per capita mensal de menos
de R$ 375.
Correio do Brasil
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