Oleh Tiahnybok, neo-nazista antisssemita e um dos líderes da revolução ucraniana |
Um dos partidos ucranianos (Swoboda), que teve reuniões na embaixada alemã em Kiev com Steinmeier, tem um líder que quer eliminar da Ucrânia os judeus e é descrito pelo Centro Simon Wiesenthal como um dos maiores antissemitas do mundo.
Por uma década ou mais, antes que o Vaticano e a Alemanha tivessem ilegalmente reconhecido a Croácia em 1991 (no que foram condenados entre outros por David Owen, ex-ministro das relações exteriores da Inglaterra), os serviços alemães de inteligência minaram o Estado da Iugoslávia, promoveram e armaram fascistas croatas e bósnios e manipularam os meios de comunicação para noticiarem “massacres” questionáveis, mas jamais noticiar os reais massacres que os bósnios e os croatas estavam cometendo contra os sérvios.
Por décadas a Fundação Konrad Adenauer, da Alemanha, tem estado ativa na Ucrânia, fornecendo verbas e apoio político para os “manifestantes” arrumadores de confusão e assassinos de policiais nas ruas de Kiev. Muitos dos revolucionários ucranianos, que estão tentando derrubar um governo eleito com coquetéis molotov e violência nas ruas, têm conexões descaradamente fascistas com os nazistas ucranianos da 2ª Guerra Mundial que ajudaram de modo entusiasmado o holocausto judeu. Depois da guerra, com a ajuda do Vaticano muitos deles fugiram, é claro, para a América do Sul. Na época, até mesmo o embaixador americano em Berlim se queixou de que o Vaticano estava ajudando a fuga de fascistas assassinos.
Então o que estamos vendo na Ucrânia é um replay instantâneo da guerra ilegal contra a Iugoslávia, o apoio da Europa alemã para movimentos descaradamente fascistas na Bósnia e Croácia lembrando os fantoches de tempo de guerra da Alemanha nazista — muitas vezes usando os nomes de tempo de guerra das divisões Waffen SS. O apoio da União Europeia a tais movimentos se reflete com precisão nos partidos nacionalistas e fascistas que estão entre os líderes da violência nas ruas em Kiev. Como na Iugoslávia onde a principal motivação da UE e dos EUA era tirar vantagem das diferenças religiosas (croatas católicos romanos versus sérvios ortodoxos, europeus ocidentais contra eslavos, sérvios e croatas cristãos contra muçulmanos da Bósnia e Kosovo), a mesma coisa está acontecendo na Ucrânia. O Vaticano e a Fundação Konrad Adenauer do partido alemão CDU (católico romano) têm desempenhado um papel importante durante muitos anos na preparação do caminho para os atuais tumultos.
Nazistas ucranianos
Envolvido também está o governo dos EUA, sob Barack Obama, do partido que diz amar a paz, não ser imperialista e se chamar Democrata. F. William Engdahl do grupo Pesquisa Global revela que as impressões digitais do governo americano estão em todas as partes da revolução “espontânea” em Kiev:
“Os EUA estão fortemente pressionando a Ucrânia a se integrar à UE da mesma forma como o governo americano estava por trás da fracassada “Revolução Laranja” de 2004 para separar a Ucrânia da Rússia numa tentativa de isolar e enfraquecer a Rússia. Agora os ucranianos encontraram evidências de envolvimento direto de CANVAS, uma organização de treinamento em Belgrado financiada pelos EUA.
E todos sabemos que a Irmandade Muçulmana estava popular (a mesma popularidade dos nazistas na década de 1940) no Egito. A contrarrevolução egípcia expulsou os revolucionários que Obama havia escolhido — talvez os menos que gratos ucranianos venham a fazer o mesmo. Eles fizeram isso uma vez antes quando votaram decisivamente contra a “Revolução Laranja, inspirada pelo governo dos EUA.
Exatamente quando em meados de fevereiro, depois de muitas concessões do governo ucraniano para a oposição, inclusive a libertação de agitadores da prisão e anistia de processos legais, Vitali Klitchko, um ex-boxeador escolhido pela Alemanha para liderar a oposição ucraniana, levantou o tom de sua retórica, sugerindo potencial violência. Ele recebeu a adesão do tão chamado “Grupo dos Primeiros Cem em Kiev da Organização dos Nacionalistas Ucranianos,” que convocou os apoiadores para trazerem armas para a praça. O nome desse grupo é uma referência histórica à “Organização dos Nacionalistas Ucranianos,” que colaborou com a Wehrmacht, as forças armadas da Alemanha nazista, ajudando a invadir a União Soviética e participando dos assassinatos massa que os nazistas cometiam contra os judeus ucranianos.
Hoje há referências frequentes nos discursos dos líderes nacionalistas de oposição sobre a “máfia judaica de Moscou” e um dos partidos (Swoboda), que tinha reuniões na embaixada alemã em Kiev com Frank Walter Steinmeier, ministro das relações exteriores da Alemanha que é o novo Ribbentrop, tem um líder que quer livrar a Ucrânia dos judeus e foi descrito pelo Centro Simon Wiesenthal como um dos maiores antissemitas do mundo.
Senador americano John McCain dando apoio público a Oleh Tiahnybok
Steinmeier, que recentemente disse que os eurocéticos e as nações que buscam um governo democrático e autônomo são “um perigo para a paz na Europa” com muito prazer se reuniu com Oleh Tiahnybok, o líder de um partido nacionalista e fascista extremista, com quem o “homem da Alemanha,” Klitschko, tem colaborado com gosto. Assim, Steinmeier vê como “ameaças à paz” os europeus ocidentais que querem uma soberania democrática, mas alegremente dá as mãos a descarados fascistas e nacionalistas da Ucrânia. Tiahnybok tem deixado claro seu desejo de eliminar os judeus e outras minorias da Ucrânia, mas ao que tudo indica isso é aceitável para a Alemanha. Como na promoção do nacionalismo escocês e galês, líderes da UE tiram vantagem da maioria dos movimentos nacionalistas para construir seu Império Europeu. Tendo tirado vantagem deles na Ucrânia para esmagar uma democracia nacional autônoma, eles facilmente os limparão na nova soberania supranacional da “Europa” à medida que essa Europa segue o velho jogo alemão do “Drang nach Osten” (expansionismo para o leste).
Embora almejando o mesmo imperialismo supranacional da direita alemã, a Fundação Friedrich Ebert do Partido da Social Democracia Alemã está despertando para a natureza horrenda dos aliados da Alemanha e está derramando algumas lágrimas de crocodilo — chamando os amigos de Steinmeier, o Partido Swoboda, de “antissemitas, xenófobos e racistas.” Acho que é um pouco tarde!
De acordo com o site de German Foreign Policy, Swoboda tem laços íntimos com o Partido Neo-Nazista Alemão, o NPD. Na cidade ucraniana de Ternopil, Swoboda tem 35% dos votos e seu prefeito deu uma entrevista ao jornal do NPD em que declarou que a “expansão europeia não deve parar na fronteira entre Ucrânia e Polônia.”
Tudo isso lembra as “reivindicações territoriais” dos nazistas na década de 1930. Tudo isso lembra a BBC na década de 1930 promovendo conciliação com os nazistas. Tudo isso lembra o Partido dos Trabalhadores da Inglaterra na década de 1930 votando contra o rearmamento da Inglaterra em face da agressão nazista. Tudo isso lembra os admiradores de Hitler na década de 1930, tais como o esquerdista Lloyd George e o presidente da BBC, Lord Reith!
Traduzido por Julio Severo do artigo do Free Nations (Nações Livres): UKRAINE: GERMAN EUROPE PUSHES EAST
Fonte: www.juliosevero.com