
Um dos mais sanguinários governantes que o mundo já teve depois de Mao Tse Tung, joseph Stalin deu sequência nos planos de Lenin, e instalou na Ucrânia e a região de Kuban, no Cáucaso do Norte, da antiga URSS o HOLODOMOR que significa: Morte pela Fome... Este acontecimento também conhecido por "Grande Fome da Ucrânia"... Nos anos de 1932 e 1933, decidiu aplicar uma nova política para a URSS, através da transformação radical e acelerada das suas estruturas econômicas e sociais. Essa mudança visava aos seguintes objectivos: A coletivação da agricultura, ou seja, a apropriação pelo Estado soviético das terras, colheitas, gado e alfaias pertencentes aos camponeses.

A industrialização acelerada da União Soviética, com base nas receitas financeiras obtidas através da exportação dos produtos agrícolas, sobretudo dos cereais.
A partir de 1931 - com o perfeito conhecimento das autoridades - as crescentes dificuldades alimentares começam a provocar a morte de centenas de milhares de pessoas, em várias regiões da União Soviética.
A situação é especialmente grave no Cazaquistão, bem como nas principais áreas cerealíferas - Ucrânia, Cáucaso do Norte e território do rio Volga - onde tinha sido oferecida maior resistência à política de colectivização agrícola.
Por conseguinte, a fome desencadeada em 1931 - embora numa escala reduzida, em comparação com os dois anos subsequentes - é na sua origem, o resultado de uma política de inspiração marxista que pretendia eliminar as bases sociais e o modo de funcionamento da economia capitalista.
Para superar essas dificuldades, a 7 de Agosto de 1932, entra em vigor a lei sobre o "roubo e delapidação da propriedade social " (mais conhecida por "lei das cinco espigas"), punível com dez anos de campo de trabalho forçado, ou com a pena capital.
Em resultado da "interpretação nacional" que Stalin fez da situação ucraniana, a decisão de utilizar a fome nesses territórios adquire características específicas de natureza genocidária, confirmadas pela recente desclassificação de milhares de documentos provenientes dos arquivos ucranianos.
Assiste-se a uma escalada de medidas repressivas, em grande parte diferentes das aplicadas noutras regiões da União Soviética:
Em 18 e 20 de Novembro de 1932, o Comité Central ucraniano impõe respectivamente aos camponeses particulares e aos kolkhozes, diversas multas em géneros alimentícios, no caso de incumprimento ou de sabotagem do plano de coleta; Em 1 de Dezembro de 1932, é interditada a comercialização da batata nos distritos refratários, e em 3 de Dezembro, esta medida é igualmente aplicada à carne e aos animais; Em 6 de Dezembro de 1932, com base no princípio da responsabilidade colectiva, as aldeias sujeitas a esta punição passam a fazer parte de "listas negras";
Em 22 de Janeiro de 1933, Stalin e Molotov dão ordens específicas à polícia política no sentido de impedir o êxodo dos camponeses ucranianos - da Ucrânia e do Cáucaso do Norte - que em desespero procuravam obter comida noutras zonas. Para justificar a decisão, declararam estar convictos de que era uma fuga.
A confirmação de que a fome servia para impor a total obediência dos camponeses aos ditames do regime soviético e do seu chefe supremo, está presente na carta enviada para Moscovo pelo secretário-geral do Partido Comunista da Ucrânia, Stanislav Kossior, em 15 de Março de 1933.
Número de vítimas
Fotos de vítimas do Grande Expurgo baleadas pela NKVD no Polígono de Butovo,23 Moscou.
Em 1991, com o colapso da União Soviética, parte dos arquivos soviéticos finalmente foi disponibilizada. Os relatórios do governo continham os seguintes registros:24
Entre 1921–53 o número de condenações políticas foi de 4.060.306, divididas da seguinte maneira:
Quantidade de pessoas Tipo de condenação
799.473 Pena de morte
2.634.397 Trabalhos forçados
413.512 Exílio
215.942 Outras
Já quanto as condenações não-políticas, entre 1937–52, 34.228 pessoas foram executadas.
Este total estimado de 9 milhões, para alguns pesquisadores, deve ainda ser somado a 6-8 milhões dos mortos na fome soviética de 1932-1933, episódios também conhecidos como Holodomor. Existe controvérsia entre historiadores a respeito desta fome ter sido ou não provocada deliberadamente por Stalin para suprimir opositores de seu regime.38 Muitos argumentam que a fome ocorreu por questões circunstanciais não desejadas por Stalin ou que foi uma consequência acidental de uma tentativa de forçar a coletivização naquelas áreas afetadas pela fome.39 40 Todavia, também existem argumentos no sentido contrário, de que a fome foi sim provocada por Stalin. Para a última corrente, uma prova de que a fome foi provocada seria o fato de que a exportação de grãos da União Soviética para a Alemanha Nazista aumentou consideravelmente no ano de 1933, o que provaria que havia alimento disponível.41 42 43 Esta versão da história é retratada pelo documentário The Soviet Story.
Sendo assim, se o número de vítimas da fome for incluído, chega-se a um número mínimo de 10 milhões de mortes (mínimo de 4 milhões de mortos por fome e mínimo de 6 milhões de mortos pelas demais causas expostas). No entanto, Steven Rosefielde tem como mais provável o número de 20 milhões de mortos,44 Simon Sebag Montefiores sugere número um pouco acima de 20 milhões, no que é acompanhado por Dmitri Volkogonov (autor de Stalin: Triunfo e Tragédia), Alexander Nikolaevich Yakovlev, Stéphane Courtois e Norman Naimark.45 O pesquisador Robert Conquest recentemente reviu sua estimativa original de 30 milhões de vítimas para cerca de 20 milhões,46 afirmando ainda ser muitíssimo pouco provável qualquer número abaixo de 15 milhões de vidas ceifadas pelo regime de Stalin.47
Fome na Ucrânia
No dia 05/03/1953 Stalin faleceu, sendo a causa por uma hemorragia cerebral. Não se encontrou no mundo ainda um governmo socialista tão eficiente, sendo que os sucessores de Stalin deram abertura a economia de mercado e não aplicaram planos quinquenais, viciando o sistema e ruindo a URSS.