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BRAZIL NEWS
Mostrando A verdade que a mídia não mostra - NÃO SEJA MASSA DE MANOBRA. PENSE, QUESTIONE E ANALISE.SAIA DA MATRIX ! Porque o mundo não é como nos contaram, a história foi modificada, a música, o cinema, a política, o esporte, a igreja, os alimentos, tudo está no domínio deles, até o CLIMA.
POLITICA: Desabafo sobre o ‘mensalão’
Este negócio do Supremo Tribunal Federal simplesmente
não passa no filtro do bom senso. Se houvesse alguma prova concreta de
mensalão, não seriam necessárias milhares de páginas nem tantos anos. Um
documento bastaria.
Se fosse justo, não estariam recorrendo a argumentos tão
tortos do “deveria saber”, como denuncia Bandeira de Mello. Se fosse
honesto, não trataria de maneira tão desigual o processo de Minas Gerais
e o atual. Se fosse de bom senso jurídico, seria um julgamento técnico,
discreto e direto, e não um teatro nacional, novela de batalha do bem
contra o mal.
Se fosse decente, não montariam todo este espetáculo para
coincidir com a campanha eleitoral de 2012, culminando numa sexta-feira,
véspera da eleição. O que, aliás, pelos resultados, nem deu certo. Se
fosse imparcial, como se imagina que a Justiça deveria ser pelo menos um
pouco, não seria o processo tão claramente politizado contra o Partido
dos Trabalhadores.
Se fossem tão corruptos, um Genoíno ou um José Dirceu, pelo
menos teriam enriquecido um pouquinho. Sequer são acusados disso, não
faria sentido. E se o dinheiro foi efetivamente aplicado nas campanhas
publicitárias, como está provado com notas fiscais e como todo mundo viu
na TV, como pode ter financiado o dito mensalão? Sobraria o “bônus de
volume”, uma merreca, que faltou provar que seria dinheiro público.
Na falta de crime, ou de provas, sobrou ódio ideológico. A
grande justificativa final de tanta falta de justiça foi repetida por
Miguel Reale no Roda Viva: estavam comprando os deputados para votar as
leis que queriam, portanto estavam deturpando a política, apropriando-se
do poder.
Bem, primeiro, estavam eleitos. Segundo, a própria lógica
revela santa simplicidade, ou santa hipocrisia. A moeda de troca com os
parlamentares não é nenhum mensalão, mas os cerca de 15 bilhões de reais
(só em 2007) que são as emendas parlamentares, com as correspondentes
“rachadinhas”, legalmente instituídas, generalizadas a partir de 1993
com os “anões do orçamento”. São 25 emendas por parlamentar.
O que fica claro para mim é que o que a direita não conseguiu
ganhar no voto, tenta ganhar nesta aliança estranha de uma mídia
comercial desqualificada com um segmento do poder judiciário. E esta
mídia, agitando para um povo que anseia por ética, de que finalmente
“pegamos os corruptos”, é realmente abaixo da crítica, e não quer ver a
corrupção real.
Quando gritam “pega ladrão”, eu prudentemente, com muita
coisa vista, e tendo estudado suficiente direito, começo dando uma boa
olhada em quem está gritando. Justiça não é teatro.
Por Ladislau Dowbor, Carta Maior
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