Ok, pode ser possível criar um universo dentro de um computador. Mas seria moral? Os seres humanos são seres complexos, com sentimentos e relacionamentos. Não poderia haver algo errado na criação de um mundo todo falso envolta deles?
As pessoas também podem ter boas razões para criar tais simuladores, além de apenas entretenimento. A humanidade poderia enfrentar a morte forçando cientistas a criar o nosso mundo como um teste de diagnóstico em massa. A simulação iria ajudá-los a encontrar o que deu errado com o mundo real e descobrir como se salvar.
Mas até mesmo simulações avançadas podem ter falhas, certo? Nós não iríamos notar algumas imperfeições, algumas “falhas na Matrix”?
Talvez nós vemos essas falhas em nossas vidas cotidianas. A Matrix oferece o exemplo de déjà vu, quando algo parece inexplicavelmente familiar. Elementos sobrenaturais, como fantasmas ou milagres, também poderiam ser falhas. Segundo a teoria da simulação, as pessoas realmente testemunham esses fenômenos, e elas fazem isso por causa de erros no código da simulação.
Tudo no universo é quantificável de alguma forma. Até mesmo a vida, apesar da longa reputação da medicina como uma “ciência inexata.” O Projeto Genoma Humano, que sequenciou os pares de bases químicas que compõem o DNA humano, foi desenvolvido usando computadores. Todos os segredos do universo são resolvidos usando a matemática. Na verdade, podemos melhor explicar o universo usando a matemática do que com palavras.
Se tudo é matemática, tudo poderia ser transcrito para um código binário – a linguagem de 0 e 1 utilizada pelos computadores. Então, se os computadores e seus dados progredirem bastante, poderia um ser humano funcional ser criado usando a sequência do genoma dentro de um computador? E se você puder construir um ser, não poderia construir uma infinidade deles?
É surpreendente que seres humanos existam. Para que a vida começasse na Terra, precisávamos de tudo na medida correta. Nós estamos na distância perfeita do Sol, a atmosfera tem a composição correta, e a gravidade é apenas poderosa o suficiente para nos manter presos ao chão. E embora possa haver muitos outros planetas com essas condições, a vida torna-se ainda mais impressionante quando você amplia a sua perspectiva para além da Terra. Se algum fator cósmico como a energia escura fosse um pouco mais forte ou mais fraco, a vida provavelmente não existiria, seja aqui ou em qualquer outro lugar no universo.
“A natureza é primorosamente ajustada para a possibilidade de vida no planeta Terra: se a força gravitacional fosse reduzida ou aumentada em 1%, o Universo não se formaria; por uma minúscula alteração na força eletromagnética, as moléculas orgânicas não se uniriam. Parece que o ‘Universo sabia que estávamos chegando’.
O Universo não se assemelha a um lance de dados aleatório. Parece pura e simplesmente proposital para que existíssemos”.
O princípio antrópico pergunta: “Por quê? Por que essas condições estão perfeitamente ajustadas?”
Uma explicação é que as condições foram deliberadamente fixadas propositadamente com a intenção de dar-nos a vida. Cada fator conveniente era uma condição fixa de alguma experiência em um grande laboratório. Cada variável ganhou seu valor exato no programa para que o universo existisse da forma que permitisse a vida.
A teoria dos universos paralelos, ou multiverso, postula um número infinito de realidades com um número infinito de possibilidades dentro delas. Imagine os andares de um prédio de apartamentos. Universos fazem parte do multiverso bem como pisos são parte do edifício – eles compartilham um esquema comum, mas cada um é diferente, e eles vão conter coisas diferentes. Podemos comparar o multiverso a uma biblioteca. Na biblioteca há um número infinito de livros, alguns diferem por apenas uma letra, enquanto outros tem histórias completamente diferentes.
A teoria tem todos os tipos de implicações loucos para o sentido da vida. Mas, se realmente existem múltiplos universos, por que existem? Como é que há tantos?
Se estamos em uma simulação, os múltiplos universos são múltiplas simulações em execução ao mesmo tempo. Cada simulação tem seu próprio conjunto de variáveis, e isso não é aleatório. O criador da simulação criou diferentes variáveis para testar diferentes cenários e observar resultados diferentes.
Nosso planeta é um dos muitos com condições que poderiam sustentar a vida, e nosso Sol é muito jovem em comparação com os outros no universo. Portanto, é de se esperar uma prova de vida em outro lugar.
No entanto, não encontramos nenhum vestígio de qualquer outra forma de vida inteligente no universo. O Paradoxo de Fermi pode ser simplesmente resumido como: “Onde estão todos?”
Se a vida deveria existir em outros lugares, mas só existe na Terra, isso poderia ser uma evidência de que estamos em uma simulação. Aqueles por trás da simulação optaram por simular a vida em nenhum outro lugar, para simplificar ou para ver como os seres humanos se virariam sozinhos.
Voltando ao princípio antrópico, poderia ser que este universo foi criado só para nós.
Algumas pessoas acreditam que deus é o designer do mundo. Alguns imaginam um deus em particular como um homem barbudo, nas nuvens, mas essa teoria diz que deus pode ser um programador debruçado sobre um teclado.
Então, pode ser que o programador codificou dentro de nós o desejo de adora-lo, uma parte fundamental da maioria das religiões.
Isto pode ser intencional ou não intencional. Talvez o programador queria que a gente soubesse que ele existe, e escreveu um código para nos dar um sentimento inato de ter sido criado.
A ideia de um deus como programador vai de encontro com a idéia do “design inteligente”. A ideia inclusive sugere que o criacionismo literal possa estar exatamente correto, como diz a bíblia: Deus criou o mundo e a vida em sete dias, mas ele teria usado um computador em vez de poderes cósmicos.
O que está fora do nosso universo? Com a teoria da simulação, a resposta parece ser um supercomputador cercado por seres avançados, mas uma possibilidade ainda mais louca existe.
Aqueles seres que dirigem esta simulação podem ser tão falsos como nós. Pode haver várias camadas de simulação. Como o filósofo Nick Bostrom, da Universidade de Oxford sugere, “os pós-humanos que executam nossa simulação são eles próprios seres simulados, e os seus criadores, por sua vez, também pode ser seres simulados. Aqui pode haver espaço para um grande número de níveis de realidade, e esse número pode estar aumentando ao longo do tempo “.
É como você jogar The Sims até seus personagens jogarem um outro The Sims dentro do próprio jogo.
Isso ainda deixa uma pergunta: O que está fora universo “real” do criador? É uma ideia tão distante de nossas vidas que poderia ser impossível especular sobre ela.
Mesmo que os computadores fiquem muito mais poderosos, o universo pode parecer complexo demais para caber em um. Cada um dos sete bilhões de pessoas atualmente vivas é o suficiente para rivalizar com qualquer computador inimaginavelmente complexo. E nós somos uma parte infinitesimal de um vasto universo, que contém bilhões de galáxias além da nossa. Seria extremamente difícil, se não impossível, levar em conta todas essas variáveis.
Mas um mundo simulado não precisa ser tão complexo como parece. Uma simulação convincente precisaria apenas de algumas figuras chaves detalhadas, e um grande número de jogadores secundários mal esboçados. Pense em jogos como os da série Grand Theft Auto. Eles contêm centenas de pessoas, mas você só interagir com algumas. Em outras palavras, somente você e as pessoas com quem interage são “bem” simuladas. Todas as 7 bilhões de pessoas podem não ter emoções nem sentimentos. Elas não são reais.
Não há a mínima necessidade de simular em todos os detalhes galáxias distantes, locais onde nunca poderemos chegar. E isso reduz consideravelmente a necessidade de um computador altamente complexo.
E você leitor, acredita que vivemos em uma simulação?
Fonte---> http://misteriosdomundo.com/10-razoes-qu...computador