Após morte de 60 muçulmanos, inclusive dentro de uma mesquita (foto) ...05.12.2013/Emmanuel Braun/Reuters |
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RELIGIÃO: Massacre contra cristãos deixou mil mortos em dois dias na República Centro-Africana!Após morte de 60 muçulmanos, inclusive dentro de uma mesquita (foto)
Onda de violência, perpetrada por grupo radical islâmico, ocorreu nos dias 5 e 6 de dezembro
A Anistia
Internacional (AI) revelou nesta quinta-feira (19) a gravidade do
massacre ocorrido na República Centro-Africana, nos dias 5 e 6 de
dezembro, durante os embates entre um grupo cristão e outro muçulmano
pelo controle do país. Segundo a Anistia, as represálias do ex-grupo
rebelde islâmico Seleka contra a população, momentos após a ofensiva das
milícias cristãs na capital Bangui, deixaram quase mil mortos.
A onda de
violência se intensificou na manhã de 5 de dezembro, quando as milícias
camponesas cristãs "antibalaka" (antimachetes), infiltradas em alguns
bairros da capital, "em uma operação porta a porta mataram cerca de 60
muçulmanos", ressaltou a AI.
Integrantes
da extinta Seleka (grupo muçulmano) "adotaram represálias em larga
escala contra os cristãos, matando quase mil em apenas dois dias, e
praticando a pilhagem sistemática das casas de civis", acrescentou a
Anistia.
Segundo a
ONG, mulheres e crianças também foram assassinadas. No balanço mais
recente da ONU, havia pouco mais de 600 mortos em todo o país, sendo
pelo menos 450 em Bangui.
"Nossas
investigações no terreno nessas últimas duas semanas não deixam lugar
para dúvidas. Ambas as partes em conflito cometeram crimes de guerra e
contra a humanidade", declarou Christian Mukosa, da Anistia
Internacional, depois da investigação realizada em campo por três
especialistas da organização.
— Os mesmos
incluem execuções extrajudiciais, mutilações, destruição de prédios
religiosos, como algumas mesquitas, e o deslocamento forçado de várias
pessoas.
A República
Centro-Africana está em conflito desde que a coalizão rebelde Seleka,
majoritariamente muçulmana, derrubou o presidente François Bozizé no mês
de março.
O governo de
transição perdeu o controle do país e grupos rivais, cristãos contra
muçulmanos, iniciaram uma série de confrontos extremamente violentos.
Até a
chegada ao poder da Seleka, em março de 2013, cristãos e muçulmanos
viviam sem conflitos neste país de 4,5 milhões de habitantes, dos quais
80% são cristãos.
PORTAL NOTÍCIAS R7
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