08:00
Por enquanto tudo OK. Aviões continuam voando, luzes funcionando e o abastecimento de água continua normal. Algumas coisas param de funcionar imediatamente, mas para a maioria das pessoas se torna mais um inconveniente do que um problema. A perda dos satélites da TV faz com que muitas famílias não vejam o sorriso ensaiado do apresentador do telejornal é são obrigadas a conversarem durante todo o café da manhã. Nada de correspondente internacional ou resultado do futebol de ontem a noite. Mas fora de casa, a perda de de comunicação global via satélite coloca o mundo em perigo.
Em um abrigo militar nos EUA um piloto perde contato com os drones armados que estavam voando sobre o Oriente Médio. A falha no sistema de comunicação deixa soldados, navios e aeronaves sem contato com seus comandantes e vulneráveis a ataques. Sem os satélites, líderes mundiais sofrem para falar um com o outro e acalmar a tensão. Enquanto isso, sobre o oceano Atlântico, milhares de passageiros assistem filmes em suas poltronas, alheios às dificuldades no convés do avião enquanto pilotos tentam falar com o controle de tráfego aéreo. Sem telefones por satélite, navios de container no Ártico, pescadores no mar da China e trabalhadores humanitários no Saara encontram-se isolados do resto do mundo. Enquanto as pessoas começam a trabalhar em seus escritórios em Tóquio, Xangai, Moscou, Londres e New York, eles encontram dificuldade em falar com colegas de trabalho em outros países. E-mail e Internet ainda funcionam, porém o mesmo não vale para telefonemas.
11:00
Uma nova ameaça surge: a perda do Sistema de Posicionamento Global, o GPS. Uma tecnologia que se tornou tão difundida em nossas vidas que nem imaginamos, mudando a vida de empresas de entregas, serviços de emergência, carros, aviões, caminhões e etc. E com a perda desse sinal, começa a cair uma pilha de dominós: nossa infraestrutura é dependente dessa tecnologia precisa, desde transações financeiras complexas até os protocolos que mantêm a Internet funcionando. Quando os pacotes de dados que passam entre os computadores saem de sincronia, o sistema começa a quebrar. Aí a “nuvem” que usamos pra armazenar quase tudo hoje começa a falhar, pesquisas no Google se tornam lentas e a Internet entra em colapso. Os primeiros cortes de energia vêm no final da tarde, devido a alta demanda. Estações de tratamento de água mudam o sistema automatizado para manual. Nas grandes cidades, semáforos param no vermelho. O serviço de telefonia móvel, já respirando com a ajuda de aparelhos, para de funcionar.
16:00
Vôos comerciais são interrompidos. E não somente pela falta do sinal GPS, mas por algo ainda mais “natural”: a previsão do tempo. Apesar dos balões meteorológicos ainda serem importantes, a previsão do tempo hoje depende cada vez mais dos satélites para resultados confiáveis e precisos. Varejistas usam dados meteorológicos para comprar o estoque – se vai chover no final de semana, a probabilidade de churrasco é menor e, portanto, menos carne nas prateleiras. Agricultores usam as previsões para o plantio, pulverização e colheita.
22:00
Sistema de comunicações, transportes, energia e informática deixam de ser algo confiável. Governos e grandes empresas estão em choque. Se essa interrupção continuar, cada dia traria novos desafios. Não haveria mais dados de satélite que mostram a saúde das lavouras, extração ilegal de madeira na Amazônia ou a cobertura de gelo no Ártico.
Então, é possível enfrentarmos uma vida sem satélites? Sim, mas somente se todos falhassem ao mesmo tempo, o que é improvável. O que é certo é que estamos cada vez mais dependentes da tecnologia espacial. E sem satélites, o mundo seria um lugar bem diferente.
Fonte: BBC
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