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| Imagem: Reprodução |
Agentes,
escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal em Minas Gerais aderiram à
paralisação nacional nesta quarta-feira (23), em Minas Gerais. Em Belo
Horizonte, cerca de 60 servidores participaram de um protesto em frente à
sede da superintendência regional. Eles colocaram fogo em uma bandeira
do Partido dos Trabalhadores (PT).
"Não estamos partidarizando o nosso movimento. O ministro da Justiça e a
presidente Dilma são quadros do PT. É uma maneira de tentar
sensibilizar o partido para pressionar o governo federal para manter uma
negociação conosco", disse Paulo Murta, diretor jurídico do Sindicato
dos Policiais Federais no Estado de Minas Gerais.
Segundo a entidade, as investigações são prejudicadas durante a
paralisação, mas o atendimento ao público é mantido com 30% do efetivo.
Serviços como emissão de passaportes e registro de estrangeiros não
devem ser afetados ao longo do dia.
Na porta da sede da Polícia Federal, os manifestantes também exibiram
cartazes cobrando ajuda do governo federal. Um elefante branco foi
erguido e, segundo os servidores, simbolizam a ineficiência dos
inquéritos policiais.
A categoria – que reúne as três funções – afirma que está com salários
congelados há sete anos. De acordo com o diretor jurídico do sindicato,
os trabalhadores pedem a reposição inflacionária, melhores condições de
trabalho, atendimento psicossocial e a implantação de um modelo de
investigação mais eficiente. Ele explica que isso consistiria na
distribuição da apuração dos casos entre equipes, o que atualmente,
segundo ele, está concentrado na mãos de delegados.
Em manifestações anteriores, a presidência do sindicato havia informado
que os trabalhadores pedem de 35% a 40% de reajuste, enquanto o governo
federal oferece um reajuste de 15,8%. Os policias também protestaram em
Belo Horizonte nos dias 7, 11 e 25 de fevereiro.
Nesta quarta-feira (23), a Polícia Federal em Brasília não se posicionou sobre a paralisação.
FONTE: Folha Política
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