O Clã de Yahwéh – Deus da tempestade
O mais antigo relato de Iahwéh ocorreu
por volta de 3500 anos atrás. Ele era a divindade tribal de um pequeno
clã de pessoas que trabalhavam os metais e viviam nas montanhas da
Península do Sinai, entre o golfo de Suez e o Golfo de Acaba. É um lugar
remoto e inóspito com poucos recursos, além de pedras preciosas e
minerais dispersos que têm sido extraídos de lá desde do início das
civilizações. Era o clã cainita, procuravam minerais para extrair, sendo
uma vida muito dura. O Antigo Testamento fala de sua grande habilidade
na arte de trabalhar tanto o ferro quanto o bronze para inúmeras
finalidades.
Os cainitas tiravam seu nome da crença
de que eram descendentes de Caim, filho de Adão e Eva, e o deus deles
era Yahwéh, que era considerado uma divindade da tempestade das
Montanhas do Sinai.
Não por acaso Moisés viveu ali, havia
trabalhado para os cainitas como pastor, por pelo menos 40 anos. Era um
andarilho barbado, originalmente um general bem barbeado do exército
egípcio e importante membro da corte real até cometer um assassinato e
entrar fugido no deserto do Sinai. Moisés casou com Séfora, que era
filha do Jetro, ou sumo sacerdote e chefe dos cainitas. Moisés e o irmão
Aarão tinham também sido iniciados no sacerdócio dos cainitas e
começado a cultuar seu deus, Yahwéh (provavelmente um desvio das
tradições sumério-acadianas e Babilônicas).
Moisés, Josué e Davi – A Invasão de Canaã
Um grupo liderado por Moisés, e mais
tarde por seu sucessor Joshua (Josué) – palavra hebraica para Salvador
-, avançou para o leste e para o norte até a terra de Canaã, que mais
uma vez estava prometendo ser “uma terra de fartura”. Ao chegar,
começaram a destruir cada lugarejo com que deparavam para se apoderar da
comida e do suprimento de água. O trecho seguinte é típico da matança
para qual parecem ter sido instruídos por Yahwéh:
Disse-me então Yahwéh: “Eis que já
comecei a entregar-te a Seon, juntamente com sua terra. Começa a
conquista para tomar posse da sua terra”. Seon saiu ao nosso encontro
com todo o seu povo, para batalhar em Jasa. Yahwéh, nosso deus, no-lo
entregou e nós o vencemos, bem como seus filhos e todo seu povo.
Apossamo-nos então de todas as suas cidades e sacrificamos cada uma
delas como anátema: homens mulheres e crianças, sem deixar nenhum
sobrevivente, exceto o gado, que tomamos para nós como despojo, como
também o saque das cidades que conquistamos.
Ao que parece, seguindo instruções
explícitas de Deus, cada homem mulher e criança foi assassinado e seus
bens saqueados em vilas e cidades numerosas demais para serem listadas.
O tempo se passou e Yahwéh e seu povo
ocuparam boa parte da “terra prometida”. Mais de quatro séculos depois, o
povo eleito de Yahwéh chegou a cidade Santa de Jerusalém, que foi
submetida a Davi, rei dos israelitas. Afirma-se que Davi encarregou
30.000 homens de escoltar a Arca e seu conteúdo divino para sua nova
capital. Para cumprir a etapa final da jornada, a casa móvel de Yahwéh
foi colocada num carro novo, conduzido por Oza e Aio, filhos de
Abinadab.
Enquanto o carro seguia adiante, Oza
de alguma maneira invadiu acidentalmente o espaço pessoal de Yahwéh e
morreu instantaneamente numa bola de fogo. Davi ficou muito irritado com
a divindade temperamental e decidiu prosseguir. Depois de algum tempo,
no entanto, foram feitos arranjos para que a viagem continuasse e Davi
fez o melhor que pode para agradar a Yahwéh, sacrificando um boi a cada
seis passos, e no tradicional estilo cananeu, com música e seu pessoal
dançando em volta do carro enquanto ele seguia tropegamente à frente.
A Ascensão de Salomão
Na chegada a Jerusalém, Davi decidiu
construir um templo para Yahwéh e sua arca num local acima da cidade,
que teria sido o ponto exato onde Abraão pretendera sacrificar o filho
Isaque, talvez quase 1000 anos antes, como descrito no capítulo 22 do
Genêsis.
Os israelitas se instalaram em sua
nova cidade capital e conforme o 2º livro de Samuel, Davi logo se
apaixonou por uma bela mulher chamada Betsabeia, que tinha visto de sua
janela quando ela estava no banho. Betsabeia era esposa de Urias, um dos
oficiais de Davi, mas mesmo assim o rei fez com que a toruxessem para
seus aposentos onde teve prontamente relações com ela. Isso resultou
numa gravidez e o rei astuciosamente decidiu chamara Urias do campo de
batalha para que relaxasse, se banhasse e tivesse algum tempo para
visitar a esposa – na esperança de que a gravidez fosse atribuída a
Urias.
Mas Urias recusou a oferta do rei.
Dizendo que não poda “ir para minha casa, para comer, beber e me deixar
com minha esposa” enquanto seus companheiros soldados estavam numa
situação miserável, ao relento no campo de batalha. Não podendo se
arriscar a ser alvo da ira de um popular general, Davi tomou
providências para que Urias fosse colocado na frente de combate, onde
logo foi morto.
Davi tomou Batsabeia como esposa, que
posteriormente deu à luz o filho dos dois mas a criança morreu, a
despeito das muitas preces de Davi a Yahwéh.
Betsabeia, no entanto, deu logo outro
filho a Davi. Conforme o 2º livro de Samuel, 12,25, deram-lhe o nome de
Jedidias, que significa “amado de Yahwéh”, embora o versículo anterior
diga que a criança foi chamada de Salomão (Shelomoh em hebraico). Vários
estudiosos sugeriram que seu nome normal era Jedidias e que só tomou o
nome de Salomão quando o reino que coubera a Davi durante 40 anos chegou
ao fim e o trono foi ocupado por ele. Essa interpretação faz muito
sentido porque “Salomão” é um nome cananeu, que celebrava o velho deus
da cidade. Shelomoh era uma espécie de jogo de palavras relacionado com
Salém, nome original de Jerusalém – significando o planeta Vênus -, que
por sua vez estava associado com a paz.
A ascensão de Salomão ao trono teve
lugar em 971 a.c. ou possivelmente no início do ano seguinte. Durante
seu reinado de 40 anos, Salomão se cercou de todo luxo e toda grandeza
externa de um típico monarca cananeu, mantendo 700 esposas e 300
concubinas. Salomão é lembrado de que seus primeiro anos trouxeram
grande prosperidade e influência para o pequeno reino israelita.
Juntamente
com a tradicional devoção israelita a Yahwéh, Salomão cultuava uma
série de outros deuses. A ideia de que o deus tribal de Israel era o
único deus existente ainda não havia criado raízes. O próprio Salomão
não via incoerência em sua devoção a uma série de divindades.
Entre as práticas mais
desagradáveis adotadas por ele estava sacrifício dos filhos ao deus
Moloque, uma antiga divindade solar cananeia. Acreditava-se que fosse um
procedimento necessário para os cananeus que quisessem ser verdadeiros
reis – designados e habilitados pelos deuses do céu. Foi uma prática que
a nação israelita levaria a termo durante centenas de anos antes de
abolir de vez o procedimento e inventar técnicas menos grotescas de
definir o direito ao trono.
A palavra Moloque deriva da raiz
Malak, significando rei. Moloque significa literalmente o ato de se
tornar ou ser o monarca, reinando sob a autoridade dos deuses.
Salomão e seu governo prospera e ele
entrou em uma aliança com Hiram I, rei fenício de Tiro, que lhe deu
grande auxílio em suas extensas obras de construção – muito
particularmente no grande templo onde Yahwéh poderia residir.
A Estrela Shekinah
A monarquia politeísta de Salomão
exigia um templo que fizesse conexão com os deuses – uma espécie de
“centro de comunicações” que desse ao governante “um canal para o reino
dos deuses nos céus”. A chave para uma tal construção se encontrava numa
compreensão da astronomia e, muito particularmente, nos movimentos a
longo prazo do planeta Vênus – a deusa Astarte.
O culto da deusa Astarte (Ishtar,
Asherat, Anat, Asherat, Baalat-Gebal, Ashtar) era de suma importância
para Salomão. Astarte estava relacionada com a fertilidade, a
sexualidade e a guerra. Em alguns cultos na palestina foi relacionada
como esposa de Yahwéh, pelo nome Asherah.
Vênus é de longe o objeto mais
brilhante do céu depois do Sol e da Lua e aparece pouco antes do
amanhecer, como “estrela da manhã”, ou logo depois do anoitecer, como
“estrela vespertina”.
A cada oito anos Vênus retorna ao
mesmo ponto no céu, mas as estrelas que estão no fundo são agora
diferentes; astronomicamente falando, Vênus cumpriu um quinto do caminho
através do zodíaco – terminando onde havia começado. A cada 40 anos Vênus executa uma volta completa no zodíaco – terminando onde havia começado. Esse
movimento é muito preciso, sendo um ótimo calendário aos sacerdotes. Ao
viajar através dos céus, o planeta parece desenhar uma estrela de cinco
pontas em volta do Sol – e essa é a base do pentagrama.
Como os reis antes e depois dele, Salomão sabia que cada aspecto importante da vida era governado por aquele período divino de 40 anos, como registra o Antigo Testamento:
- Moisés conduziu o povo pelo deserto durante 40 anos, desde a idade de 80 anos (início do terceiro ciclo de Vênus) até sua morte aos 120 (fim do terceiro ciclo);
- Por todo o antigo testamento Deus frequentemente permite que a terra repouse por 40 anos;
- Israel agiu mal e Deus lhe deu um inimigo de 40 anos;
- Eli foi juiz de Israel por 40 anos;
- Saul, o primeiro rei ungido de Israel, tornou-se rei aos 40 anos de idade e governou por exatamente 40 anos;
- Isbaal tinha 40 anos quando começou seu reinado;
- O rei Davi governou 40 anos.
Salomão sabia que ele próprio só poderia reinar por 40 anos, e assim o fato se realizou.
Havia apenas um poder astral maior que Vênus e seu ciclo de 40 anos; era a sagrada Shekinah. Esta brilhante “estrela” apareceria no céu em períodos de cada 12 ciclos de Vênus – a cada 480 anos. Ela se mostraria várias vezes durante alguns anos antes de desaparecer de novo.
Shekinah é causada pela conjunção dos
planetas Mercúrio e Vênus – o que significa que, vistos da Terra, eles
se sobrepõe e parecem uma única estrela, extremamente brilhante.
Acreditava-se (ou ainda acredita-se)
que o aparecimento da Shekinah anunciava os momentos mais notáveis da
história israelita e judaica. Uma particular importância tinha lugar a
cada 1.440 anos -, quando o brilhante objeto está exatamente no mesmo
lugar dentro do zodíaco. Um tal aparecimento da Shekinah deveria cair no
solstício de inverno de 967 a.c. e Salomão ordenou que o terreno fosse
limpo no topo da colina ao norte da cidade, para o lançamento,
exatamente naquele dia, da pedra fundamental do templo outrora
idealizado. Segundo os cálculos sacerdotais, a divina Shekinah
apareceria no ainda escuro céu matutino como um farol brilhante, pouco
antes da aurora.
Aquela data, diziam os sacerdotes,
estaria ocorrendo precisamente 1440 anos após a arca de Noé, que quando
as nuvens de tempestade do Dilúvio finalmente se separaram a “luz”
divina brilhou por entre elas.
Salomão e os sacerdotes acreditavam
que o aparecimento anterior da Shekinah, 480 anos antes, tinha ocorrido
quando Moisés conduziu o povo através do Mar Vermelho.
A Shekinah era a junção do masculino
(Yahwéh) e o feminino (Astarte ou Asherah). Representava o feixe de luz
masculino penetrando o solo feminino fértil.
A motivação de Salomão era certamente
mais complexa que um simples desejo de cumprir a vontade de seu pai,
Davi, construindo um templo em Jerusalém para venerar Yahwéh. Ele queria
mais que isso: queria um templo que funcionasse como um máquina para
produzir uma resposta à luz da Shekinah. Uma espécie de comunicação
entre a humanidade e os deuses.
Salomão precisava de um dispositivo
Shekinah que o conectasse, por meio do seu deus Yahwéh (uma espécie de
roteador?), com o cosmos acima (Aqui vemos a concepção de que Céu não é espiritual e sim material, o que reforça a tese de que os deuses eram extraterrestres).
Infelizmente, nenhum sacerdote da tribo de Israel conseguiria construir
tal estrutura. Foi necessário chamar estrangeiros mais especializados, o
que dará início ao embrião da maçonaria.
Hiram Abiff, o primeiro Maçom
Por não ter mão de obra
especializada, Salomão teve de pedir a Hiram, o rei da cidade-estado
fenícia de Tiro, no atual Líbano, para ajudá-lo. A Fenícia foi o
primeiro grande grupamento étnico caucasiano (ariano) a ser formado como
descendente consanguíneo da Fraternidade Babilônica, um grupo
que remonta as épocas mais remotas da civilização humana. Detentor
absoluto dos Antigos Mistérios, e fundadores das “Escolas de Mistérios”.
Iniciou-se como um grupo nas montanhas do Cáucaso, os chamados arianos,
e influenciaram a maioria das culturas antigas, da Grécia até a Índia
(em uma matéria posterior falarei mais sobre está Fraternidade).
Hiram cedeu engenheiros,
trabalhadores qualificados e matéria prima adequada. Em troca, Salomão
taxou violentamente o povo, extraindo produtos como azeite, trigo e
vinho para serem mandados a Tiro.
Astarte era divindade
principal da cidade de Tiro, portanto os sacerdotes fenícios tinham um
conhecimento inigualável dos movimentos de Vênus, mesmo em comparação a
egípcios e babilônicos. Os habitantes de Tiro eram ricos e cultos, um
modelo para Jerusálem.
O
homem enviado pelo rei fenício com a incumbência de edificar o novo
templo em Jerusalém foi Hiram Abiff: mestre artesão e alto sacerdote.
Todos os pedreiros selecionados por ele para construir o templo eram
também sacerdotes e veneravam vários deuses.
Com a ajuda de Hiram
Abiff, a pedra fundamental do novo templo foi devidamente lançada em 967
a.c., quatro anos depois de Salomão ter subido ao trono de Jerusalém e
dois anos depois de Hiram ter se tornado rei de Tiro.
O Centro exato do templo
tinha de ser erguido no terreno alto ao norte da cidade, que agora faz
parte do Monte do Templo, para que a luz do sol nascente, durante todo o
ano, irrompesse no horizonte em pontos precisos sobre a encosta da
colina leste. O sol se levanta exatamente a leste duas vezes por ano,
uma na primavera e outra no outono, nos dois equinócios, quando há
exatamente 12 horas de luz do dia e 12 horas de escuridão.
A localização de
Jerusalém não era acidental, pois trata de um lugar ideal para observar o
nascer e o pôr do sol. O ângulo das sombras projetadas pelo sol
nascente e poente varia de acordo com a longitude. No Equador, cada dia é
mais ou menos igualmente dividido em luz e escuridão e o dia surge
exatamente a leste e se põe exatamente a oeste. Nos pólos, o sol nunca
se põe no verão e nunca surge no inverno. No meio desses extremos, o
ângulo entre os dois solstícios aumenta à medida que a pessoa se afasta
do Equador. A latitude de Jerusalém é 31º47’ norte, que significa que o
ângulo das sombras projetadas pelos solstícios de inverno e verão é
precisamente de 60 graus!
Para observar isso, só
se precisava desenhar um círculo no solo e colocar uma estaca vertical
no leste e outra a oeste. Na manhã do solstício de inverno, a estaca
leste projetaria uma sombra de 30 graus ao norte do centro e nessa noite
a estaca do oeste projetaria uma sombra de 30 graus ao sul do oeste. Aconteceria
o aposto no solstício de verão, criando uma forma de diamante dentro do
círculo. Uma linha norte-sul cruzando os dois ângulos produz um sinal
indicativo que é único para essa latitude – e em Jerusalém forma a
perfeita estrela de seis pontas que é conhecida como Selo de Salomão ou
Estrela de Davi. Esse símbolo é um diagrama solar, que celebra a posição
geográfica de Jerusalém.
Hiram Abiff, como bom
sacerdote fenício, e adorador da deusa Astarte/Asherah, não queria
somente que o Templo se limitasse aos padrões básicos do nascer e do pôr
do sol. O nome Jerusalém na língua cananeia significa “fundação para
observar a ascensão de Vênus e Hiram queria calcular os movimentos de
Vênus e dos padrões extremamente complexos da Shekinah quando ela se
ergue à frente do sol.
Imaginem o momento em
que a Shekinah chegou, como previsto, em 967 a.c., 1440 anos depois do
Dilúvio, no momento em que a pedra fundamental do novo templo era
lançada. A estrela da manhã surgiu rapidamente e iluminou toda a
paisagem por durante dez minutos, e os espectadores de joelho ficaram
maravilhados.
Segredos do Templo
Conhecimento é poder, e
os israelitas esperavam que Hiram Abiff revelasse a eles os segredos da
astronomia e como chegar até os deuses.
O Antigo Testamento
não se detém nos detalhes do trabalho da construção do templo, mas
surpreendentemente as tradições orais da Maçonaria o fazem. Eles
descrevem os acontecimentos cercando a construção do templo do rei
Salomão em considerável detalhe e o ritual maçônico do Terceiro Grau é
uma parte importante dessa informação.
No ritual do Terceiro
Grau da Maçonaria diz que o rei Salomão, o rei Hiram e Hiram Abiff foram
três Grandes Mestres. Isso sugere que ocupavam lugar numa ordem secreta
que estaria de alguma maneira conectada à Maçonaria ou seria análoga a
ela. Diz-se que eles se encontravam numa câmara secreta diariamente sob o
“sacrário” do Templo – o santuário interno onde ficava a Arca da
Aliança. Essa câmara se conectava por um corredor ao palácio de Salomão,
na cidade do sul.
Segundo a cultura
maçônica, como expressa no rito de Terceiro Grau, quando o templo estava
quase completo, quinze veteranos pedreiros-sacerdotes israelitas, que
estavam trabalhando como feitores, começaram a se preocupar com o fato
de ainda não possuírem os segredos e decidiram recorrer a todos os meios
para obtê-los – mesmo se isso significasse recorre à violência. Esse
conhecimento tão importante estava relacionado com o poder de capturar a
luz da Shekinah dentro do templo.
Esses
pedreiros-sacerdotes resolveram preparar uma emboscada para Hiram e
arrancar seus segredos pela força. Mas doze dos quinze acharam que isso
era errado e saíram da trama. Sobraram três conspiradores que se
colocaram nas entradas do templo, ao leste, norte e sul, e esperaram que
o mestre chegasse para venerar o deus Sol. Sabiam que El sempre fazia
isso quando dava meio-dia, quando o sol estava no zênite.
Tendo concluído suas
orações, Hiram tentou retornar pela entrada sul, onde foi desafiado pelo
primeiro dos sacerdotes que, segundo a lenda, tinha se armado com uma
pesada régua de prumo. Erguendo a arma de modo ameaçador, exigiu ser
inteirado dos segredos de um Mestre Maçom, advertindo que a conseqüência
de uma recusa seria a morte.
Hiram Abiff respondeu
que aqueles segredos só eram conhecidos por três pessoas no mundo e que,
sem o consentimento e cooperação dos outros dois (o rei Hiram e o rei
Salomão, não poderia, nem queria, divulgar os segredos e que preferia
ser executado a trair a confiança sagrada depositada nele. O feitor,
então, dirigiu um violento golpe para a cabeça de Hiram, mas não
conseguiu acertar sua testa e só atingiu de raspão na têmpora direita, o
que fez o mestre cambalear e cair sobre o joelho esquerdo.
Recuperando-se do choque, Hiram avançou para a entrada norte.
Lá foi abordado pelo
segundo dos conspiradores, que estava armado com um prumo. Hiram
novamente repeliu a exigência que o homem fazia de conhecer os segredos e
foi imediatamente atingido por um violento golpe, dessa vez na têmpora
esquerda, que o fez cair no chão apoiado no joelho direito. Hiram
cambaleou, fraco e sangrando, para a entrada leste, onde o terceiro
conspirador armado com uma marreta atingiu-o com um golpe fatal na
testa.
A ausência de Hiram logo
foi percebida, e alguns dos sacerdotes mais antigos foram contar a
Salomão sobre o desaparecimento do mestre. No mesmo dia doze artesãos
que tinham originalmente se juntado à conspiração compareceram diante do
rei e fizeram uma confissão voluntária de tudo que sabiam.
O rei Salomão selecionou
quinze dos seus melhores homens e ordenou-lhes que fizessem uma busca
cuidadosa de Hiram. Muitos dias transcorreram em busca infrutífera até
que um dos homens agarrou-se a um arbusto que, para sua surpresa, saiu
facilmente do solo. Ao examinar mais de perto, ele descobriu que a terra
fora recentemente revolvida e , cavando alguns centímetros com seus
companheiros, logo encontrou o corpo de Hiram.
O rei Salomão ordenou
que os homens lavassem o corpo de Hiram Abiff para um sepultamento
adequado. Os assassinos foram encontrados em uma caverna e confessaram o
crime. Salomão os sentenciou a uma morte terrível.
O templo foi finalmente
concluído, mas diz-se no ritual maçônico que os verdadeiros segredos
continuaram perdidos, até os dias de hoje (será?).
Uma Nova Ordem Surge
Após
esse triste episódio o rei Salomão convocou uma assembléia de todos os
sacerdotes que viviam em sua terra e pronunciou o julgamento de que
todas as crenças e deuses eram parte de uma única verdade integral. Ele é
Ela e Ela é Ele; a luz Shekinah é a verdadeira luz de todas as
verdades.
Todos os deuses são
apenas fragmentos de uma singularidade integral, que é a mesma única e
divina. Exatamente como cada pessoa faz parte da humanidade.
Salomão respeitava as tradições de Enoque, que antigamente eram para muitos judeus ainda mais importantes que as de Moisés.
Enoque esteve na Terra
2.000 anos antes de Moisés, e a existência do clero enoquiano retrocede
até muito antes de haver qualquer conceito de judaísmo. Há um grau
maçônico chamado “O Real Arco de Enoque”, e, também o famoso Livro de
Enoque. Por volta de 500 d.c. as cópias deste livro foram destruídas,
restando apenas os originais hipoteticamente no Vaticano. Porém, por uma
ironia do destino, ou porque Eles quiseram, foram encontrados cópias
nos famosos Manuscritos do Mar Morto e decifrados há mais de 50 anos (eu
já o li pelo menos umas quinze vezes e citei em vários textos meus).
O
rei Salomão decidiu empossar uma nova ordem sacerdotal baseada nos
mistérios e ritos do clero enoquiano. A missão deles era instaurar uma
Nova Ordem Mundial, onde os deuses seriam vistos como parte de um só.
Essa nova divindade suprema é o Deus dos modernos judaísmo, cristianismo
e islã, ou seja, essa Nova Ordem foi instaurada com gigantesco sucesso e
perdura até os dias de hoje.
Os segredos da ordem
sacerdotal de Salomão seriam passados de pai para filho, e o clero
deveria ficar invisível ao homem comum. Sua missão era construir um
mundo em que usariam sua influência para assegurar que todos os deuses
fossem dignificados para glória da divindade máxima. Sua tarefa era
unificar o mundo inteiro numa sociedade única, onde Deus governasse por
meio do rei, seu regente na Terra. Deviam alcançar esse objetivo por
qualquer meio, incluindo o uso criterioso do dinheiro, influência
política e, se tudo mais falhasse, a força (a mais utilizada).
O centro dessa nova grande ordem ia ser Jerusalém.
Esses sacerdotes
enoquianos deviam se transformar num clero hereditário que transmitiria
seu antigo conhecimento às novas gerações. E, 2500 anos mais tarde, esse
corpo sacerdotal continua suas obras sob a capa de uma ordem chamada
Maçonaria.
Conclusão
Considerando as
transformações na humanidade, vemos que essa Nova Ordem Mundial de
Salomão, surgida há milênios, foi a iniciativa de maior sucesso na
história da civilização humana.
Sendo assim, Salomão
torna-se um dos maiores líderes da história da humanidade, e não apenas o
rei de uma pequena tribo. Suas atitudes e pensamentos mudaram a
trajetória neste planeta. Será que ele teve ajuda externa?
Sim. Foram comandados pelos arianos da Nobreza Negra da Fenícia, ligados a Fraternidade Babilônica, que por sua vez tinham ajuda externa, e aprenderam muito nas montanhas com os deuses e inteligências superiores do universo.
Ao mesmo tempo livros
que descrevem a vida de Salomão, como o Kebra Nagast, mostram este rei
absoluto e respeitado, viajando em seus carros voadores e utilizando
dispositivos engraçados como a estranha “zion” para falar com Deus. Uma
tecnologia impossível para época. Ajuda externa? Sim. Está bem
documentado.
O Livro de Enoque é
outro grande mistério, contém grandes verdades e um retrato de uma época
onde “anjos” e humanos viviam e copulavam. Foi parcialmente destruído e
guardado pelos poderosos, que não esperavam o “achado” do Mar Morto.
Neste livro há uma lista do nome dos anjos decaídos e suas profissões,
assim como dos anjos que bisbilhotavam em nome de Deus. Salomão tinha
profundo respeito por esse livro, e com certeza conhecia a verdadeira
natureza dos anjos e neflins, assim como seus sacerdotes.
É parte do plano fazer
com que todos acreditem na existência de apenas um Deus, porém nem mesmo
os fundadores deste pensamento acreditavam nesta possibilidade. Eles
deixaram símbolos e algumas pistas na própria bíblia, para aqueles
poucos que querem descobrir a verdade, ou tem capacidade para
conhecê-la.
Eles sabiam que os
deuses não eram espirituais, e isso é claro. O que será que procuravam
na iluminação da Shekinah? A representação de uma luz vinda do céu,
assim como os deuses faziam com seus carros?
A Nova Ordem Mundial foi
implantada aos poucos, e nós estamos no centro dela, não há para onde
correr. Eles criaram uma espécie de Matrix, uma blindagem de
desinformação, para que não tenhamos chance de chegar perto da verdade
que eles escondem. A maioria das pessoas não tem capacidade de
distinguir o que foram condicionadas a pensar e o que são pensamentos
próprios. Isso é uma triste condição, um legado tão forte que nem
Salomão esperava.
Aos poucos alguns poucos
batalhadores vão esclarecendo fatos que aconteceram na origem de nossa
espécie, antes da existência destas ordens dominadoras, antes da
existência destas sociedades de poderosos que buscam controlar as mentes
humanas, antes desta nuvem escura que caiu sobre o mundo, que não
permite que vejamos o horizonte. Que não permite que vejamos nossa
condição perante o universo e nossa própria essência