BRAZIL NEWS
Mostrando A verdade que a mídia não mostra - NÃO SEJA MASSA DE  MANOBRA. PENSE, QUESTIONE E ANALISE.SAIA DA MATRIX ! Porque o mundo não é como nos contaram, a história foi modificada, a  música, o cinema, a política, o esporte, a igreja, os alimentos, tudo  está no domínio deles, até o CLIMA.
 
POLITICA:  Candidatura do General Heleno à presidência já tem mais de 5,7 milhões de apoiadores, diz IstoÉ
.jpg)  | 
| Imagem: Reprodução/Wikipedia | 
Reportagem 
desta semana da Revista IstoÉ aborda a possibilidade de candidatura e o 
cenário das articulações políticas e sociais em torno do General Augusto
 Heleno. Leia abaixo e deixe sua opinião: 
O candidato dos milicos
Movimento 
surgido na caserna e que já conta com o apoio de mais de cinco milhões 
de pessoas quer lançar o general Augusto Heleno, chefe da missão 
brasileira no Haiti, para concorrer à presidência da República
Aos 66 anos, o 
general Augusto Heleno Ribeiro Pereira é um fenômeno que não aparece nas
 pesquisas de intenção de voto nem frequenta as análises políticas 
convencionais. Na internet, porém, sua eventual candidatura à 
Presidência da República tem feito sucesso.
 
 
  | 
| Imagem: Joedson Alves/Agência Estado | 
Conforme 
dirigentes de 68 associações de militares da reserva, que costumam 
refletir o pensamento de boa parte da caserna, o movimento “general 
Heleno presidente” alcançou nas últimas semanas o apoio de 5,7 milhões 
de eleitores. Uma ordem de grandeza respeitável em qualquer 
circunstância. Apesar desses números, o general Heleno, que foi 
comandante militar da Amazônia, e também esteve à frente das tropas da 
ONU que mantêm a ordem no Haiti, construindo uma rara liderança fardada 
nascida após a democratização do País, tem tudo para se transformar na 
principal estrela de um movimento de caráter simbólico. Oficial da 
reserva desde maio de 2011, ele teria de ter preenchido alguma ficha de 
filiação partidária até outubro do ano passado para poder disputar a 
eleição e até agora não se posicionou sobre isso. Seus aliados não 
confirmam nenhuma vinculação partidária do general, embora também não 
descartem a possibilidade de este ser um segredo estratégico. O certo é 
que, com o apoio que tem recebido, o general não será um eleitor 
qualquer.
O
 sucesso do general na internet tem explicação. Num universo político em
 que os principais candidatos têm uma postura que admite apenas mudanças
 de tonalidades cinzentas entre o centro e o centro-esquerda, com receio
 de descontentar eleitores desconfiados da propaganda eleitoral, o 
general apresenta um discurso conservador que um bom número de eleitores
 gosta de ouvir. Ele tornou-se uma celebridade instantânea ao dizer que a
 política indigenista do governo Luiz Inácio Lula da Silva era 
“lamentável, para não dizer caótica,” afirmação que lhe custou o comando
 militar da Amazônia. De lá para cá, ironizou o “passado ilibado” de 
Renan Calheiros, criticou a política econômica do ministro da Fazenda, 
Guido Mantega, e chamou o acordo do Mercosul de um “mero tratado 
bolivariano”. Heleno já definiu o ex-ministro José Dirceu  como o “maior
 colecionador de rabos presos” da República. Aliados e amigos do general
 afirmam que, ainda que a legislação impeça uma candidatura própria, 
irão entrar na campanha como parte de um “movimento anti-PT.” O capitão 
Augusto Rosa, um dos mais ativos aliados do general, faz críticas ao 
programa Bolsa-Família que a oposição civil abandonou há muitos anos. 
“Estamos criando uma geração de pais vagabundos que não servem de 
referência para os filhos.”
O
 discurso conservador não faz do general Heleno um defensor do golpe 
militar de 1964, mas aos mais próximos ele gosta de repetir uma 
afirmação pouco convicta sobre os valores democráticos. “Democracia é 
quando eu mando em você. Ditadura é quando você manda em mim”, diz, 
citando uma frase cubana. A boa notícia em torno da liderança do general
 é que, desde a redemocratização do País, é a primeira vez que se 
consolida entre as Forças Armadas um movimento que pretende se valer do 
voto e das vias democráticas para colocar suas posições. Os militares 
que se articulam em volta de Heleno pretendem formar o Partido Militar 
Brasileiro, PMB, que anuncia ter conseguido filiar 490 mil eleitores 
para obter registro no TSE – se todas as fichas forem regulares, 
faltarão 80 mil para que possa chegar ao registro definitivo. Por 
enquanto, a exemplo do que acontece com os simpatizantes da Rede, de 
Marina Silva, os candidatos que apoiam a criação do PMB estão espalhados
 por outros partidos ou usando o PRTB como “sigla franqueada” para 
disputar as eleições de 2014. O deputado comunista Protógenes Queiroz 
(PCdoB-SP), delegado da Polícia Federal que fez fama na Operação 
Satiagraha, já assinou sua ficha de apoio e milita pela criação do 
partido. Através de seu site, Protógenes costuma pedir aos eleitores que
 façam o mesmo. Outro aliado seguro é o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ),
 que se dedica a organizar o partido no Rio de Janeiro e é um nostálgico
 assumido da ditadura. Longe da política, mas famoso no meio militar, o 
primeiro astronauta brasileiro, o coronel da Aeronáutica Marcos Pontes, 
também fará parte do diretório de São Paulo.
O
 vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa, Eliezer 
Rizzo, analisa a emergência do descontentamento militar como parte do 
descontentamento geral do funcionalismo com os salários. No governo 
Lula, relembra, o Planalto investiu em plano de recuperação salarial do 
funcionalismo e ganhou a simpatia geral, inclusive dos fardados. Mas 
essa política foi abandonada no governo Dilma, levando a uma reação 
previsível nas repartições e na caserna. Para Eliezer Rizzo  um 
movimento dessa natureza faz parte natural dos regimes democráticos. “É 
preferível ter um partido pró-militares disputando eleições a ter grupos
 em atitude de confronto com o sistema democrático. Grande parte da 
população considera a democracia como frágil, corrupta, inoperante, como
 se um regime forte e antidemocrático não padecesse de situação similar.
 Mas o regime democrático pode perfeitamente incorporar essa 
iniciativa.”
Os
 militares estão misturados à política brasileira desde a Proclamação da
 República, que foi obra de um golpe militar. Depois de Deodoro e 
Floriano, os dois primeiros presidentes, o Brasil teve um terceiro 
general presidente, Eurico Dutra. Além deles, no pós-guerra surgiram 
dois candidatos competitivos, ainda que derrotados nas urnas, o 
brigadeiro Eduardo Gomes  e o general Henrique Lott. Uma diferença é que
 esses candidatos nasceram no interior de partidos civis, enquanto o 
movimento que carrega o general Heleno nasceu no universo militar, em 
suas famílias e associações de reservistas. Os militares têm causas que 
seduzem muitos eleitores, como o combate às cotas raciais e também ao 
casamento entre homossexuais. Sua agenda, no entanto, tem vários 
elementos típicos da caserna.
O
 Partido Militar Brasileiro denuncia a investigação conduzida pela 
Comissão da Verdade em torno dos crimes do regime como uma forma de 
revanchismo.  No próximo 31 de março, data que foi retirada do 
calendário das celebrações militares pela presidenta Dilma Rousseff, o 
general Heleno vai dar uma palestra sobre a deposição de João Goulart 
para um grupo de maçons de Brasília. (Josie Jeronimo/IstoÉ) 
FONTE: Folha Política