Seguindo sua apatetatada política, agora Obama resolveu tentar encontrar na marra um novo responsável pela humilhante derrota sofrida por sua candidata, Hillary Clinton, não coincidentemente a responsável pela política externa durante a maior parte de seu mandato. Os culpados seriam hackers russos. É tão crível quanto imputar a derrota a supostos sites de notícias falsas que trabalhariam para Donald Trump. O perigo, no caso de culpar os russos, é que Obama promete retaliar. Um Presidente com pouco mais de um mês de mandato pela frente não parece ter a legitimidade para criar uma tensão bélica com uma potência nuclear.
O Presidente russo, Vladimir Putin, nega enfaticamente qualquer ação que tenha buscado intervir no processo eleitoral americano. Obama e sua CIA não apresentaram até agora nenhuma prova minimamente consistente das acusações. O governo russo nega qualquer interferência. Porta-voz de Putin, Dmitry Peskov qualificou a alegação como "uma piada sem sentido".
Mas a retórica belicista de Obama, prêmio Nobel da Paz de 2008, segue aumentando. O Presidente americano afirmou que a retaliação pode ser pública ou secreta. Uma nítida provocação há menos de um mês da posse de Donald Trump, amigo de Putin e com o qual deve destender as relações entre as potências e devolver um mínimo de estabilidade geopolítica ao mundo.
Esquerdistas são perigosos em qualquer parte do mundo. Um esquerdista como Obama, ainda Comandante-em-Chefe da maior potência militar da história humana é perigosíssimo.
Que 20 de janeiro chegue logo.